O Governo disse hoje que o antigo acionista privado da TAP não queria meter dinheiro na companhia aérea, o que levou o Estado a realizar um empréstimo de 1.200 milhões de euros e a comprar a sua posição.
“Tínhamos um socio que não queria meter nem um cêntimo na companhia aérea. Assumimos que um sócio que não queria meter um único cêntimo não podia ficar responsável pelo desenho do plano de reestruturação”, disse hoje o ministro das Infraestruturas no Parlamento.
“Assumimos que o mais provável que a Comissão Europeia fosse exigir parcialmente ou totalmente a reconversão de divida em capital, o que tornaria o Estado sócio maioritário da TAP, se não em julho em fevereiro do próximo ano. A questão era saber se esperaríamos por fevereiro para sermos donos da TA ou se negociávamos com David Neeleman para ele sair em junho e não ser ele” a desenhar o plano de reestruturação, segundo Pedro Nuno santos.
Sobre as prestações acessórias, o ministro disse que “Humberto Pedrosa abdicou voluntariamente de exigir a prestação acessória, quando David Neeleman não”.
“As prestações acessórias eram de 224 milhões de euros. A diferença é que Humberto Pedrosa abdicou desse direito, David Neeleman não”, afirmou.
Questionado pelo valor que o Estado português pagou a David Neeleman para comprar a sua participação, Pedro Nuno Santos disse que o empresário “não recebeu 55 milhões de euros pela sua quota-parte”.
“Os 55 milhões foram pagos pelos 22,5% da sua participação na TAP, 67,5% de direitos económicos, e a transferência de 55 milhões de euros de prestações acessórias para o Estado e a cessação de qualquer litigância futura”, afirmou.
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