A estratégia de All Seasons volta a ser considerada pelos investidores?

Um dos principais Bancos Centrais, o Banco do Canadá, tinha como previsão não aumentar as taxas de juro antes de 2023; no entanto, no seu último relatório de 21 de abril, indicou que não esperaria aumentar as taxas de juro antes do segundo semestre de 2022.

A 12 de maio confirma-se o que os mercados já esperavam: a inflação do IPC nos EUA sobe 4,2%.

Porque é que os grandes investidores diversificam?

Analisando o passado dos mercados financeiros, entendemos que existem períodos com enorme volatilidade devido a determinados eventos. Temos, por exemplo, em 2008 a crise do subprime, onde as ações foram dos ativos que mais desvalorizam. Em 2018, tivemos as tensões entre a China e os EUA, onde as empresas tecnológicas sofreram com o acumular das tensões e, mais recentemente, a crise originada pela Covid-19, onde o mercado de ações voltou a entrar em recessão (com uma desvalorização superior a 20%).

Por estes motivos, os grandes investidores escolhem ter um portfólio diversificado para estarem preparados para todos os eventos futuros.

Nas últimas semanas fazia-se sentir o aumento da inflação em algumas matérias-primas, que atingiram os máximos de 2011, altura em que a inflação esteve em torno dos 3.14%. A inflação tem um impacto negativo na avaliação das empresas, daí ser um dado muito importante quando se fala em investimentos.

Leia também o nosso completo guia do investidor sobre a inflação e como pode impactar o mercado de ações.

A estratégia abordada por Ray Dalio (The All Seasons), fundador da Bridgewater Associates em 1975, voltou a ser considerada uma vez que alguns analistas já estavam à espera que a inflação chegasse aos 3,6%. Como os dados foram superiores, a preocupação por parte dos investidores aumentou.

Tendo como base esta estratégia, as conclusões que podemos retirar dela são:

• Retorno: aproximadamente 10% ao ano (entre 1974 e 2013);
• Segurança: com esta estratégia teria feito dinheiro em 85% do tempo nos últimos 40 anos. Há apenas 6 anos com perdas, com uma média de -1,47% (na realidade, são apenas 4 anos com perdas e 2 no breakeven);
• Volatilidade baixa: o pior ano desses 40 anos apresentou uma perda de apenas -3.93%.

Em 2008, muitos fundos de investimento viram as suas portas fechar, enquanto que Ray Dalio teve um ganho de 17%.

O que acontece quando temos um portfólio de 50% de ações e 50% de obrigações?

Um portfólio com 50% de ações e 50% de obrigações não está equilibrado, pelo simples facto de que as ações têm 3x mais risco do que as obrigações – com isto, temos 95% de risco em ações. Daí os portfólios convencionais caírem entre 25% a 40% quando o mercado está no fundo.

Ao termos uma carteira diversificada deste tipo, esperamos que as ações e obrigações tenham uma boa performance e esperamos que os dois não vão no mesmo sentido quando ocorrer o próximo crash. Esta estratégia não tenta prever quando vai ocorrer a próxima crise, mas prepara-se assim para o pior.

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Por que existem 4 estações?

Como nas estações do ano, nos mercados financeiros também existem 4 estações, ou por outras palavras, existem 4 dados macroeconómicos que levam a alterações nos preços dos ativos:

1. Inflação
2. Deflação
3. Crescimento económico acima do esperado
4. Crescimento económico abaixo do esperado

Neste sentido, devemos ter uma carteira de investimento diversificada e que esteja preparada para todas as possibilidades no futuro, uma vez que o futuro é incerto e difícil de prever.

Onde devo investir o meu dinheiro?

Seguindo então o pensamento e a filosofia de uma boa diversificação, seria: 30% em ações (por exemplo, um ETF que replique um índice), 15% em obrigações de médio/longo prazo e 40% em obrigações de longo prazo. Como as ações têm um risco superior, esta poderia ser em termos percentuais a melhor combinação.

Por outro lado, queremos estar a salvo quando a inflação bater à porta das ações e das obrigações. Conseguimos fazê-lo com uma base de 7,5% em ouro e 7,5% em matérias-primas. Deve haver ajustes na carteira de investimentos, por exemplo, quando um segmento valoriza deve vender e ajustar às percentagens iniciais.

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Exemplos de ETFs a utilizar através da XTB:

• CSPX.UK – 30%
• CBUO.UK – 15%
• DTLA.UK – 40%
• EGNL.UK – 7,5%
• ICOM.UK – 7,5%

Não conseguimos controlar se as empresas onde investimos vão valorizar no próximo mês, ou no próximo ano, sendo esse o motivo que torna este método um bom método de investimento para quem pretende ter uma carteira de investimentos segura e com bons resultados. Se pretender ter acesso a todos os nossos conteúdos premium, comece a sua conta de investimento de forma gratuita.

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Este conteúdo patrocinado foi produzido em colaboração com a XTB.