Só no terceiro trimestre deste ano, o aumento foi de 10,4% em relação ao mesmo período de 2016, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. Nas habitações usadas, esse crescimento foi de 11,5%, enquanto nas novas o ritmo de subida foi de 6,9%.
Apesar desta evolução, os especialistas do sector negam que estejamos a viver uma bolha imobiliária. Aliás, dizem que não existe qualquer semelhança com uma bolha imobiliária. Explicam, sim, que se trata de um ajuste nos preços, que desceram vertiginosamente no período de crise profunda económica e financeira vivida entre 2010 e 2014 e que, agora, estão a recuperar. Dizem, também, que este boom do sector imobiliário não é um movimento generalizado, com reflexos em todo o país, mas sim uma realidade com efeitos mais sentidos em determinadas zonas das cidades, com Lisboa e Porto à cabeça, obviamente.
Há uma subida considerável dos valores do imobiliário mas apenas em algumas artérias das duas maiores cidades portuguesa, para níveis que superam em muito a média do país. No entando, são nichos de mercado para um público específico, nomeadamente estrangeiros.
Apesar destas explicações, os preços que se espera que continuem a subir nas zonas mais procuradas, são motivo de alguma preocupação para 2018. Até mesmo o mercado internacional começa a estranhar estes preços, sobretudo quando alguma imprensa estrangeira já admite que o mercado residencial português apresenta preços ao nível da pré-crise.
Apesar disso, convém não esquecer que comprar uma casa em Portugal continua a ser muito mais barato que em qualquer outro país europeu, sobretudo nas capitais. Esse, é ainda o factor que vai distinguindo este mercado de outros, a nível internacional.
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