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Portugal regista aumento de 4% no pescado fresco

O pescado fresco português aumentou no primeiro trimestre deste ano, passando de 15.815 toneladas em 2020, para 16.455 toneladas em 2021. As capturas em águas nacionais, “contribuíram significativamente para este aumento”, revela a Direção-Geral de Recursos Naturais e Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) no relatório estatístico da pesca, relativo ao 1º trimestre de 2021.
29 Maio 2021, 10h50

Portugal registou, de janeiro a março de 2021, em termos homólogos, um aumento de 4% do pescado fresco descarregado, passando de 15.815 toneladas em 2020, para 16.455 toneladas em 2021, tendo as “capturas em águas nacionais, contribuindo significativamente para este aumento”, revela a Direção-Geral de Recursos Naturais e Segurança e Serviços Marítimos (DGRM) no relatório estatístico da pesca, relativo ao 1º trimestre de 2021.

Ainda assim, devido aos efeitos da pandemia Covid-19, as quantidades de peixe fresco e refrigerado descarregado foram substancialmente inferiores a 2019, que tinha registado 23 086 toneladas, adianta

Esta edição do “DATAPESCAS” contém a divulgação de elementos estatísticos disponíveis, relativos aos meses de janeiro a março de 2021 (embora ainda provisórios), comparando-os com os registados nos períodos homólogos dos anos de 2019 e 2020.

Tanto a Madeira como os Açores registaram em 2021 um decréscimo das descargas de pescado, face ao período homólogo, com quebras de 31% (- 293 toneladas) e 17% (- 198 toneladas), respetivamente.

Em termos relativos, Olhão registou o maior aumento do país com 58% face ao período homólogo, passando as vendas em lota de 1.177 para 1.861 toneladas. Também as lotas de Aveiro (+ 892 toneladas) e Vila Real de Santo António (+ 95 toneladas) registaram aumentos em 2021 de mais de 50% face ao período homólogo de 2020, referem os mesmos dados.

Contrariamente, as lotas de Cascais, Tavira e Sines, registaram uma quebra acentuada face ao período homólogo, respetivamente de 84%, 42% e 43%. Em termos de quantidades desembarcadas por espécie, no Continente, a maior variabilidade observa-se no berbigão, com um aumento de 269%, e no carapau negrão, com 190%.

No que diz respeito às modalidades de pesca (arrasto, cerco e polivalente) por região, destaca-se o Centro e o Algarve com aumentos face a 2020, adianta a informação oficial, esclarecendo que a pesca denominada como polivalente é a que tem maior peso, a nível global. Em 2021, foram capturadas pelas embarcações polivalentes 1.629 toneladas no Norte de Portugal, 2.940 toneladas no Centro e 2.098 toneladas no Algarve.

O mesmo documento considera importante “relembrar que 2020 foi um ano atingido pela pandemia Covid-19, o que influencia os resultados estatísticos referentes a esse período analisado”.

“Numa perspetiva global, observa-se em 2021 um aumento da captura de peixe fresco face a 2020, certamente muito contribuindo a assimilação progressiva das medidas de combate à pandemia, que permitiram ao setor manter a atividade da pesca em segurança e transmitir confiança aos mercados”.

Recorda-se que a DGRM, tem como “missão o desenvolvimento da segurança e dos serviços marítimos, incluindo o setor marítimo-portuário, a execução das políticas de pesca, da aquicultura, da indústria transformadora e atividades conexas, a preservação e conhecimento dos recursos marinhos, bem como garantir a regulamentação e o controlo das atividades desenvolvidas nestes âmbitos”.

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