“No início de março, os italianos vão eleger um novo Parlamento e os partidos prometem o céu azul. Deverá haver pacotes despreocupados de cortes nos impostos e aumentos dos rendimentos para todos! Ninguém neste país altamente endividado pensa no financiamento”. É assim que Marco Wagner, economista senior do Commerzbank, está a ver a campanha eleitoral para as eleições legislativas em Itália, no próximo dia 4 de março.
Com o país envolto numa crise política, os analistas são consensuais em relação ao que esperam da votação. O cenário base é que não haja uma maioria, mas sim, um hung parliament. Poderá depois seguir-se uma coligação – mais virada à esquerda ou à direita – ou uma nova eleição. “As consequências de um Governo de patchwork é que todos os partidos tendem ainda mais a prometer aos eleitores todo o tipo de coisa, sabendo que poderão acusar os futuros partidos de coligação das promessas que não são cumpridas. É por isso que o presidente Sergio Mattarella criticou recentemente os políticos por fazerem promessas «irresponsáveis»”, explicou Wagner.