Daniel Ek, CEO do Spotify, tem 35 anos, e é apaixonado por tecnologia. Essa mesma paixão foi bem demonstrada aos 14 anos, quando fundou a sua primeira empresa. No final dos anos 90, Daniel começava a ganhar dinheiro a partir da construção de websites. No entanto, uma dúvida não lhe saía da cabeça. Como convencer as pessoas a pagar por música quando a podem descarregar gratuitamente, ainda que de forma ilegal?
Na altura em que fazer ‘download’ ilegal de músicas se começou a tornar uma prática constante, Daniel Ek descobriu a resposta: um sistema baseado em cloud que tornasse possível o acesso a milhões de músicas e de forma legal.
O sistema podia ser suportado por subscritores pagos, com acesso a algumas vantagens. Ainda assim, aqueles que não pudessem pagar poderiam aceder à música gratuitamente, ainda que condicionados por anúncios publicitários. A fórmula resultou em cheio.
Já Martin Lorentzon, de 48 anos, tem no currículo passagens pela Altavista, Cell Ventures e NetStrategy. Os dois empresários conheceram-se em 1999 e, após a criação do Spotify, Lorentzon ficou com as responsabilidades de implementar a estratégia, estabelecer objetivos e controlar o orçamento da companhia.
Com cerca de 71 milhões de subscritores pagos, o Spotify é o serviço de streaming de música mais utilizado em todo o mundo. Em junho de 2017, tinha avançado que o total de utilizadores era superior a 140 milhões. A empresa de transmissão online de música, 9% detida por Daniel e 12% nas mãos de Martin.
Em 2016, Daniel Ek e Martin Lorentzon avisaram que a empresa sueca fundada em 2006 pode vir a sair do país caso as autoridades não se empenhem em tornar o ambiente mais favorável para as empresas tecnológicas. “Temos de agir ou seremos ultrapassados!”, foi este o título da carta aberta dos fundadores do Spotify. As queixas da empresa estavam relacionadas com o mercado imobiliário, a educação e as opções de acções.
O Spotify fez oficialmente o pedido de entrada na bolsa de Nova Iorque onde será cotada com as siglas SPOT e com uma avaliação de mil milhões de dólares. A empresa tem investido em novas áreas de negócio, como a criação de conteúdos jornalísticos, com uma parceria feita oito empresas de media, como o BuzzFedd e a Refinery29.
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