“As focas, que tinham passado o dia inteiro a brincar à volta do Spray antes da chegada da brisa, arregalaram os olhos quando, ao anoitecer, a chalupa deixou de parecer uma ave preguiçosa de asas dobradas (…). Toninhas, golfinhos e outros peixes similares que não se importavam de nadar cento e cinquenta milhas por dia fizeram-lhe então companhia durante vários dias.”
“Sozinho à Volta do Mundo” é o incrível e divertido relato autobiográfico de Joshua Slocum (1844-1909) sobre a sua viagem em solitário à volta do mundo.
Antigo capitão profissional de grandes veleiros, Slocum estava desempregado quando, em 1892, recebeu de presente de um amigo um velho barco ostreiro, com mais de cem anos e cerca de dez metros, que se encontrava encalhado numa pastagem à beira de um rio. Partindo sozinho de Boston, em abril de 1895, depois de ter reformado o barco com as suas próprias mãos, o capitão Slocum lançou-se numa viagem épica que viria a coloca-lo na galeria dos maiores circum-navegadores do mundo, ao lado de Fernão de Magalhães, Francis Drake e o Capitão Cook.
A sua jornada a solo durante três anos e mais de quarenta e seis mil milhas permanece inigualável na história marítima, não só pela sua coragem, mas também pela habilidade e determinação. Tal como Vasco da Gama, que abriu as portas da verdadeira navegação oceânica da nossa era, também Joshua Slocum e o seu Spray nos demonstraram que era possível dar-se a volta ao mundo num barco pequeno.
Este livro, escrito em 1900, rapidamente se tornou um ‘bestseller’ internacional, continuando a entusiasmar muitos aspirantes a velejador solitário. A edição portuguesa que foi agora publicada é da Alma dos Livros.
Joshua Slocum nasceu na Nova Escócia, no Canadá, tendo-se naturalizado cidadão dos Estados Unidos da América. Foi marinheiro, aventureiro e um escritor notável, que passou a vida inteira no mar. Tendo saído de casa aos catorze anos, passou os trinta e cinco seguintes a navegar pelo mundo.
Quando um navio sob o seu comando naufragou na costa do Brasil em 1887, parecia que a sua carreira marítima estava destinada ao fracasso. Mas, depois, partiu para a primeira circum-navegação solitária do globo; lutou contra mares tempestuosos, ataques de invasores e piratas e, sobretudo, a solidão. Cruzou o Atlântico nada menos que três vezes, passou semanas em guerra contra os habitantes ao redor do cabo Horn e encontrou abrigo em vários portos exóticos. Desapareceu em Novembro de 1909 a bordo da chalupa Spray, aumentando assim ainda mais a lenda em que se tornara em vida.
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