Esta é a conclusão do EY Global Capital Confidence Barometer, o estudo de referência do mercado global de M&A, que contou com a participação de mais de 2.500 executivos.
A confiança demonstrada pelos executivos é sustentada quer pelos resultados esperados das suas empresas quer pela maior disponibilidade de crédito. Estes são dois dos principais fatores identificados para o crescimento do mercado global de fusões e aquisições.
Para 70% dos executivos inquiridos neste estudo, a dinâmica do mercado de M&A será essencialmente impactada pela necessidade de transformação dos portfolios, seja pela compra ou pelo desinvestimento em determinados ativos. Esta necessidade será em muito impulsionada pela revolução digital que se faz sentir a nível global. Para 34% dos inquiridos a necessidade de revisão dos seus portfolios resulta da ameaça de concorrentes com valências cada vez mais digitais, bem como da emergência de novas startups que possam afetar os seus negócios.
Para a maioria dos executivos inquiridos, a confiança no crescimento económico e na performance das empresas, impulsionada pela inovação tecnológica, sobrepõe-se às ameaças políticas e regulatórias (identificadas como os principais desafios no mercado de M&A por 37% dos executivos). Desta forma, 52% dos executivos inquiridos demonstram intenção de fazer uma aquisição nos próximos 12 meses, sendo que 61% dos inquiridos espera ainda um aumento do seu pipeline de transações nos próximos 12 meses (o que compara com um valor de 36% em 2017).
Num mundo cada vez mais global, em que a revolução digital aumenta a concorrência, as empresas sentem cada vez mais necessidade de reforçar a sua atividade de procura de novas oportunidades. Daqui resulta um aumento da frequência na revisão dos seus portfolios, identificando principais lacunas estratégicas no seu conjunto de ativos e procurando oportunidades de investimento, por exemplo como forma de apostar em novos mercados ou geografias, mas também de desinvestimento.
Em conclusão, o estudo identifica nos executivos inquiridos uma maior pressão para acelerar decisões de investimento, para que as suas empresas assegurem mais cedo as vantagens competitivas de que necessitam. A principal mensagem é de uma perceção alargada de que se vai manter a dinâmica do mercado de M&A.