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Bruno de Carvalho confirma pedido de rescisão de Rui Patrício

Rui Patrício pediu mesmo para sair de Alvalade. Bruno Carvalho crê que o guarda-redes da seleção nacional está a ser manipulado. “Tenho pena”, afirmou aos jornalistas.
Bruno de Carvalho
1 Junho 2018, 12h39

Em conferência de imprensa esta sexta-feira, o presidente do Sporting Clube de Portugal, Bruno de Carvalho, confirmou que o clube de Alvalade recebeu um pedido de Rui Patrício para rescindir contrato.

O internacional português, Rui Patrício, capitão do Sporting Clube Portugal, pediu para rescindir com o clube de Alvalade, após ter falhado uma transferência do jogador, negociada com o empresário Jorge Mendes.

“O Sporting esteve a negociar – um dos administradores, que não está cá hoje – com Jorge Mendes, que dizia existir uma proposta do Nápoles. Nós questionamos depois o Nápoles que confirmou o interesse, mas com a mudança do treinador tinham que ver muito bem. E a seguir chegou-nos  o interesse do Wolverhampton – creio que chegou escrito”, começou por explicar Bruno de Carvalho, na sala de imprensa do Estádio José de Alvalade.

O negócio com o clube inglês teria “contornos diferentes”. “A verdade factual é que dos tais 18 milhões que tenho lido nas parangonas, tínhamos noção que ele [Jorge Mendes] queria mais de sete”, prosseguiu.

Bruno de Carvalho acusou Jorge Mendes de “aproveitar uma situação – que é um crime – com a ajuda da comunicação social”.

“Nós quando fizemos as renovações do Adrien [Silva] e do Rui [Patrício], terminámos os contratos antigos e fizemos novos. Nos contratos antigos, que tinham sido realizados pelo [antigo presidente] Godinho Lopes, quer o jogador, quer Jorge Mendes tinham percentagens do passe. Com os novos contratos, naquilo que é o nosso interesse jurídico, resolvemos com os jogadores as questões  das percentagens deles e que ficariam anuladas as percentagens da empresas Gestifute [de Jorge Mendes]. E houve aqui, por parte da Gestifute, um claro aproveitamento que nos disse: para fazer este negócio [do Wolverhampton] ou nos dão três milhões relativo ao Rui Patrício mais quatro, realtivamente ao Adrien, ou não há negócio”,  contou o presidente dos ‘leões’, que confirmou “não haver negócio porque o Sporting não pode estar sob chantagem”.

“Espero que Rui Patrício tenha percebido que o negócio caiu por causa de uma chantagem”, disse.

Sobre o pedido de rescisão do guarda-redes que vai aprticipar no Campeonato do Mundo de 2018, na Rússia, Bruno de Carvalho afirmou: “Tenho pena que o Rui [Patrício] não tenha falado com a sua entidade patronal para perceber aquilo que se está a passar, para perceber que está a ser manipulado por coisas que nada tem a ver com ele”.

O presidente do Sporting CP afirmou ainda que se o jogador tivesse falado com o clube, “se calhar estava tudo resolvido”. E informou que Rui Patrício, bem como Williamo Carvalho,  “já deveriam ter saído” de Alvalade. O que só não aconteceu – “desde a época passda” – por ser díficil gerir as vontadades do clube e jogadores, segundo explicou Bruno de Carvalho.

A concretizar-se a saída de Rui Patrício do Sporting, cuja intenção o clube já comunicou à CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários), Bruno garantiu que “as portas estão sempre abertas” para o jogador.

Após falar do guarda-redes, que é capitão da equipa ‘leonina’, o presidente do clube lançou um apelo aos restante plantel: “Respirem fundo porque isto é uma situação bastante complexa”.

É que poderá existir perigo de contágio na situação de Patrício. O jogador é um dos elementos mais respeitados no balneário e o facto de ter procurado uma saída a bem travou, inicialmente, uma rescisão quase coletiva em Alvalade.  Agora, os alarmes do risco de rescisões poderão voltar a soar.

 

 

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