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Goldman Sachs espera que EDP tenha lucros de 456 milhões até setembro

“Vemos a dívida líquida a subir para 15,2 mil milhões de euros devido à aceleração nos investimentos e a taxas de câmbios mais desfavoráveis”, referem os analistas que acreditam que o foco principal da EDP será o aumento do custo de financiamento, a alavancagem e o retorno de investimentos futuros.
1º EDP: A empresa liderada por Miguel Stilwell mantém a liderança das marcas valiosas, com um valor de mercado de 2,4 mil milhões de euros, apesar de ter desvalorizado 4%.
20 Outubro 2022, 22h12

A EDP divulgará os resultados dos nove meses a 27 de Outubro, e o banco Goldman Sachs faz uma antevisão dos números da empresa liderada por Miguel Stilwell. “Prevemos um EBITDA nos nove meses de 2.955 milhões de euros (+18% num ano) e um resultado líquido de 456 milhões de euros”, avança o Goldman  Sachs.

“Acreditamos que os primeiros nove meses poderão sustentam as nossas estimativas para o global do ano, bem como as expectativas de consenso da Bloomberg (4,1 mil milhões de euros EBITDA, cerca de 850 milhões de euros de resultado líquido, incluindo ganhos de capital para o total do ano)”, dizem os analistas do banco norte-americano.

“Durante o terceiro trimestre, sinalizaríamos os seguintes fatores: a manutenção da fraca produção hidroelétrica, estável crescimento de redes e ventos favoráveis ​​de energia eólica/solar (preços mais altos, maior base instalada)”, diz o banco

Os números do terceiro trimestre  são suportados por cerca de 250 milhões de euros de ganhos (brutos) com a rotação de ativos.

Expurgando os ganhos da rotação de ativos, o resultado líquido subjacente teria sido inferior a 300 milhões de euros, dizem os analistas.

Com níveis hídricos normais, “estimamos que o resultado líquido nos nove meses (antes dos ganhos com a rotação de ativos) fique entre 450 e 500 milhões de euros”.

“Vemos a dívida líquida a subir  para 15,2 mil milhões de euros devido à aceleração nos investimentos e a taxas de câmbios mais desfavoráveis”, referem os analistas que acreditam que o foco principal da EDP será o aumento do custo de financiamento, a alavancagem e o retorno de investimentos futuros.

O banco reviu em alta as previsões de EBITDA limpo do 3º trimestre para 960 milhões, quando antes era de 890 milhões, e em baixa a estimativa de resultado líquido de 182 milhões para 149 milhões de euros. Os aumentos são impulsionados por uma maior visibilidade sobre os dados operacionais do 3º trimestre.

Os dados operacionais previsionais dos nove meses até setembro,  mostram um crescimento de 6% na produção de eletricidade face ao período homólogo, suportado “pelo aumento global da geração renovável e pelo aumento da geração térmica no mercado ibérico”. Mas a produção hídrica caiu 53%. No mesmo período a EDP viu a geração eólica e solar aumentar 14%.

“Também ajustamos as nossas estimativas de EBITDA/EPS do 4ºtrimestre mantendo nossas estimativas para o ano inteiro inalteradas”, diz o banco.

O Goldman Sachs mantém o preço-alvo da EDP, para 12 meses, inalterado em 5,30 euros.

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