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Desenhos originais de Tintim vendidos por 360 mil euros

Os dois trabalhos representam a página 58 do 19º álbum das aventuras do famoso repórter, publicado em 1958, com o título original de “Coke en Stock” ou, em português, “Carvão no Porão”.
3 Junho 2018, 11h02

Os desenhos originais do livro de banda desenhada das Aventuras de Tintim “Carvão no Porão” leiloados nos Estados Unidos, foram vendidos por 422 mil dólares (cerca de 364 mil euros), menos de metade do valor máximo esperado pela leiloeira Heritage Auctions.

O leilão realizou-se a 2 de junho, em Dallas, no Texas, nos Estados Unidos da América, e foi transmitido em direto para a delegação europeia da leiloeira em Utrecht, na Holanda.

O comprador é um investidor foram adquiridas por um colecionador de Bruxelas que “deseja permanecer anónimo”, indicou, em declarações à agência noticiosa francesa France Presse (AFP) o porta-voz da leiloeira Eric Bradley.

As duas pranchas, desenhadas à mão pelo artista belga Georges Remi, que ficou conhecido por Hergé, são de 1957 e foram publicadas em 1958. Uma a lápis (35,2 x 50 cm) e a outra a tinta china (30,7 x 47,7 centímetros), tinham uma estimativa de venda entre 720 mil e 960 mil dólares (entre 618 mil e 825 mil euros), de acordo com a Heritage Auctions.

No início desta prancha, dividida em 12 vinhetas, vê-se o Tintim, o Capitão Haddock, o seu fiel companheiro Milou e o piloto estónio Piotr Szut com uma pala preta no olho, a olhar para o mar.

Sob os seus pés, nas profundezas do oceano, um mergulhador tenta prender uma mina ao navio, antes de ser atingido por uma âncora, que o deixa inconsciente.

Estas pranchas “são excelentes exemplos da técnica de desenho da linha clara”, o estilo gráfico rigoroso em que se destacou Hergé, salientou o especialista belga em banda desenhada Eric Verhoest.

É raro os desenhos originais de Hergé serem colocados no mercado, porque o artista não os ofereceu, senão ocasionalmente, como presentes, a amigos próximos, segundo a Heritagem Auctions.

A prancha à venda no sábado tinha sido oferecida pelo belga a um “amigo escandinavo” na década de 1970 que, em seguida, a vendeu a um comprador “numa região germanófona da Europa”, disse Verhoest.

No início deste mês, uma aguarela rara de 1939 do álbum “O Ceptro de Ottokar” foi vendida por mais de 600 mil euros na Christie’s, em Paris.

Tintim é uma estrela incontestada dos leilões. Um desenho em tinta da china para as capas dos álbuns publicados de 1937 a 1958 foi vendido por 2,65 milhões de euros pela casa de leilões Artcurial em 2014. Um recorde mundial.

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