É impossível falar de Rafael Bordalo Pinheiro sem pronunciar a expressão “humor”.
Bordalo já esgrimia essa sua característica com aguçado engenho muito antes de saber o que queria ser na vida. Navegava então entre a boémia, aquela que foi a sua primeira vocação conhecida, e a pintura, a ilustração e a escultura. Mais tarde, assumiria que lhe era fatalmente natural e definiu-o assim: humor é “o mesmo que pregar um prego no estuque novo de uma casa, com protesto do senhorio. Caricaturar é estragar o estuque de cada um com protesto do senhorio”.
Nasceu Rafael Augusto Bordalo Prostes Pinheiro, a 21 de março de 1846, em Lisboa, no nº 33 da Rua da Fé. Cresceu no meio de escritores, artistas e atores, pelo que tudo apontava que seguisse a moda do tempo e frequentasse palco, plateia e bastidores da cena cultural lisboeta, tão fervilhante como o eram as invenções que marcavam a urbe de finais do séc. XIX, onde o culto do progresso tecnológico falava mais alto.
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