Vinte países da UE viram a carga fiscal subir entre 2020 e 2021. Portugal está nesse grupo, mas registou o menor aumento do rácio entre as receitas de impostos e contribuições e o PIB, entre os Estados-membros.
A receita recolhida pelos vários países europeus em impostos e contribuições sociais aumentou cerca de 520 mil milhões de euros, no último ano. Este número foi revelado esta segunda-feira pelo Eurostat, que detalha que em Portugal o montante arrecadado, em percentagem do Produto Interno Bruto (PIB), também cresceu, mas não só a subida foi menos expressiva do que a registada no conjunto do bloco comunitário, como o próprio rácio foi inferior à média da União Europeia (UE) e da zona euro.
“Em 2021, a receita de impostos e contribuições sociais aumentou 520 mil milhões de euros na UE, em comparação com 2020, situando-se em 6.058 mil milhões de euros”, começa por explicar o gabinete de estatísticas, no destaque conhecido esta manhã.
Em média, os impostos e contribuições sociais corresponderam, assim, a 41,7% do Produto Interno Bruto (PIB) do bloco comunitário, um salto de 0,6 pontos percentuais face ao registado em 2020.
Já entre os vários Estados-membros, a Dinamarca esteve em destaque. Nesse país, a receita relativa aos impostos e contribuições sociais foi a equivalente a 48,8% do PIB, o valor mais elevado entre os 27 países do bloco comunitário. Os demais lugares desse pódio foram ocupados por França (47% do PIB) e pela Bélgica (46% do PIB).
Em contraste, na Irlanda, os impostos e contribuições sociais corresponderam a 21,9% do PIB e na Roménia a 27,3%, sendo estes os rácios menos expressivos registados entre os vários Estados-membros da UE.
Em Portugal, a receita relativa a impostos e contribuições sociais correspondeu a menos de 40% do PIB, ficando abaixo tanto da média da União Europeia, como da zona euro.
De notar que, face 2020, esse rácio aumentou em Portugal, mas menos do que que se registou no bloco comunitário e na área da moeda única. Aliás, entre os países com agravamentos da carga fiscal, Portugal aquele que registou a menor subida.
Já o Chipre registou o maior aumento (dois pontos percentuais). Dois países (Bélgica e República Checa) viram a sua carga fiscal permanecer nos mesmos níveis de 2020.
