Martin Gruschka, CEO da Springwater e o seu partner Ignacio Casanova estiveram em Madrid a anunciar a importância do mercado português para gestora de private equity de origem suíça que detém as agências de viagens Top Atlântico e Geostar.
A Springwater Capital investe em média 100 milhões de euros por ano na compra de empresas de vários setores, entre eles o turismo, e quer destinar 20% a 30% desse valor a Portugal. Segundo revelaram ao Jornal Económico os sócios da empresa, na mira estão aquisições na área do turismo, como o incoming – DMC (Destination Management Company), a hotelaria e agências de viagens.
Outros setores, como o automóvel e a produção da alimentação, também poderão ser incluidos. Martin Gruschka especificou que a Springwater está a sobretudo a olhar para empresas de incoming ou seja operadores de turismo recetivo em Portugal.
O grupo faturou neste setor em Portugal e Espanha, em 2017, um total de 1.000 milhões de euros. O EBITDA é de 20 milhões e os lucros totalizam 15 milhões.
O CEO da Springwater prevê um crescimento da faturação de 25% para 2018. Neste momento a sociedade tem 15 investimentos, revelam os gestores da empresa de private equity.
A Springwater Tourism (nome do grupo em Portugal) detida pelo grupo espanhol Wamos, é um dos top players no setor do Turismo na Península Ibérica, e pretende expandir o negócio em Portugal.
A Wamos, que ultrapassou um relevante processo de reestruturação em 2014, atingiu o breakeven em 2015 e um EBITDA de 20 milhões de euros em 2017, ano em que as receitas atingiram os mil milhões de euros.
A Wamos antecipa um grande potencial de crescimento para os próximos anos, altamente potenciado pela sua abordagem integrada – marketing e vendas, aviação e gestão de destinos – que reforça a eficiência operacional do grupo e da sua capacidade de venda cruzada, diz o grupo.
Em Espanha. a Springwater Capital tem uma empresa de aviação (Wamos Airlines), uma companhia de cruzeiros Pullmantur, a agência de viagens Nautalia e a Nuba (agência de viagens de luxo).
O grupo tem uma operação alargada com quatro marcas a operar em cinco países, num total de mais de 2.200 funcionários. “Espanha é o segundo maior destino de turistas em todo o mundo e Portugal tem o mais rápido crescimento da Europa. Há um espaço a ser ocupado no turismo do sul da Europa, que está fragmentado e precisa de ser consolidado”, afirma Martin Gruschka.
Em Portugal, o grupo Wamos detém a Springwater Tourism, com as agências de viagens Top Atlântico e a Geostar desde 2015, que comprou através do fundo Springwater Capital. Em conjunto possuem mais de 90 lojas e subsidiárias em Angola, Moçambique e Itália. A curto prazo, e no que diz respeito às agências de viagens, o objetivo é aumentar a penetração no segmento corporativo em Espanha e expandir a divisão de lazer em Portugal e em destinos como Cuba e Guatemala, o que vai trazer novas possibilidades de negócio. A Wamos tem como acionistas o fundo Springwater Capital (81%) e a Royal Caribbean (19%). Na Pullmantur, a Royal Caribbean tem 49% e a Wamos 51%.
Artigo publicado na edição semanal do Jornal Económico. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
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