A Câmara Municipal de Matosinhos e a administração da conserveira Pinhais & Companhia Lda. assinaram ontem, dia 28 de junho, um memorando de entendimento tendo em vista a constituição, em Matosinhos, de um museu que preserve a memória da indústria conserveira local.
“O acordo foi assinado pela presidente da autarquia, Luísa Salgueiro, e por Jakob Glatz e João Paulo Teófilo, administradores da empresa, e prevê a criação de uma estrutura museológica viva, funcionando em simultâneo com o a atividade de uma unidade industrial conserveira de feição tradicional”, explica um comunicado da autarquia de Matosinhos.
Esse documento acrescenta que o futuro museu, segundo o memorando do projeto, permitirá “mostrar às gerações atuais e vindouras o que foi a indústria conserveira, designadamente no concelho de Matosinhos”, ilustrando o seu desenvolvimento “ao longo do século XX até à atualidade”.
A Câmara Municipal de Matosinhos estima que o processo que agora se iniciará deverá estar concluído entre outubro de 2019 e o início do ano de 2020, ano em que a Pinhais celebrará o seu centenário.
Luísa Salgueiro, presidente da autarquia de Matosinhos, sublinhou a importância do acordo hoje formalizado, considerando que a colaboração entre as duas entidades “permitirá devolver a Matosinhos uma parte importante da sua história” e da sua cultura.
Jakob Glatz afirmou, por seu lado, a coincidência de pontos de vista com a autarquia, adiantando que “a empresa pretende aumentar as exportações das conservas tradicionais de Matosinhos para todo o mundo, valorizando-as através de um programa que permita que os compradores venham conhecer o método tradicional de produção”.
“Atividade fundamental para a economia e para a estrutura social da cidade de Matosinhos desde a construção do Porto de Leixões, a memória da indústria conserveira será, deste modo, preservada em Matosinhos, em associação com o conjunto escultórico que vai nascer na futura Praça Guilherme Pinto, atualmente em construção”, destaca o comunicado da Câmara Municipal de Matosinhos.
De acordo com esse documento, “o futuro museu guardará a memória desta atividade, perenizando a sua importância cultural e social e recordando os investimentos que nela foram efetuados, a sua contribuição para o desenvolvimento do país e da cidade e os sacrifícios e esforços de várias gerações de trabalhadores e trabalhadoras, permitindo, ao mesmo tempo, uma ampla reflexão sobre a ligação da indústria conserveira ao mar e à sustentabilidade dos recursos naturais”.
Ao abrigo do memorando assinado, a Câmara Municipal de Matosinhos prestará apoio técnico ao projeto, ajudando a mobilizar fundos comunitários de apoio à requalificação urbana, sendo, para o efeito, criado um grupo de trabalho composto por elementos de ambas as partes.
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