Equipa portuguesa vai investigar o ‘chatbot’ da Amazon

Um grupo de alunos do Departamento de Informática/NOVA LINCS, da Nova School of Science and Technology/FCT NOVA vai integrar uma equipa internacional para investigar os agentes de conversação inteligentes da gigante tecnológica Amazon.

O grupo respondeu com sucesso ao desafio ‘Alexa TaskBot Challenge’ e junta-se assim a uma equipa composta por oito universidades norte-americanas e uma europeia.

O desafio, criado no ano passado pela Amazon, é a primeira competição de chatbots com soluções multimodais. Ou seja, sistemas de conversação que utilizam a Inteligência Artificial (IA) para melhorar e diversifcar a natureza dos modelos de resposta, que tanto pode ser escrita ou audiovisual.

Em 2023, a Amazon desafia os investigadores a perceber quais são os próximos passos dos chatbots, que terão uma perceção do mundo física superior aos da geração atual. O objetivo é que o TaskBot, o agente integrado na Alexa, consiga manter uma comunicação eficaz e seja capaz de guiar o utilizador ao longo de várias tarefas manuais, como cozinhar ou fazer origamis.

Este nível de desenvolvimento envolve novos e disruptivos métodos de IA, capazes de processar o planeamento, por um lado, e, por outro, de encaixar essa capacidade no conhecimento que têm do mundo – competências ainda inexploradas no ecossistema dos chatbots.

A comitiva portuguesa selecionada é coordenada por João Magalhães, professor do Departamento de Informática da FCT NOVA. Em comunicado, o docente diz que 2023 está a ser o ano “em que, finalmente, o grande público começa a compreender a relevância dos chatbots, e sobretudo, como estes sistemas podem fazer a diferença em pequenas tarefas do nosso dia a dia”

“O que vamos agora investigar é o futuro dos chatbots, em particular o TaskBot da Alexa. O potencial destes sistemas é imenso, mas ainda existem muitas áreas inexploradas”, acrescenta.

A equipa da FCT NOVA é composta pelos alunos Rafael Ferreira, Diogo Tavares, Diogo Silva, Rodrigo Valério, Inês Simões e João Bordalo. A equipa será orientada também pelo professor David Semedo, e vai receber da Amazon 250 mil dólares para a investigação e 150 mil dólares em recursos de cloud.