A Navigator teve um resultado líquido positivo de 392,5 milhões de euros em 2022, mais 129% do que no ano anterior, revelou esta quinta-feira a empresa portuguesa de pasta e papel. Menos expressiva foi a subida dos lucros no quarto trimestre do ano passado, em relação ao período homólogo: mais 12,4% para 122,1 milhões de euros.
O volume de negócios da papeleira fixou-se nos 2.465 milhões de euros, ultrapassando, pela primeira vez, barreira dos dois mil milhões de euros na história da multinacional, sendo que as vendas de papel representaram cerca de 74% da faturação total (mais do que os anteriores 72%), as vendas de pasta 8% (versus 11%), as vendas de tissue 8% (mais um ponto percentual) e as vendas de energia 10% (versus 8%).
O EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 736,4 milhões de euros no ano passado, superior em 107,6%. No que respeita apenas ao quarto trimestre de 2022, esse valor foi de 184,4 milhões de euros, de acordo com o relatório financeiro divulgado esta tarde na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
“A empresa aumentou em mais de 40%, para 112,5 milhões de euros, o valor do investimento, dos quais perto de 39,1 milhões de euros, referentes a investimentos classificados como ambientais, o que representa 35% do investimento total”, lê-se no documento publicado pelo regulador dos mercados.
Por outro lado, houve um agravamento de custos e proveitos financeiros, de 4,6 milhões, de euros, principalmente pela inexistência neste ano de juros compensatórios que em 2021 foram fortemente positivos, resultado de decisões favoráveis de tribunais fiscais observadas nesse ano. Por exemplo, as despesas com o staff pioraram em cerca de 31 milhões de euros.
“Os custos fixos totais acabaram por situar-se 17% acima dos custos fixos de 2021, valor essencialmente explicado pela rubrica de custos com pessoal, pela razão referida (reforço da atribuição de prémios aos colaboradores), mas também pela rubrica de custos de manutenção, impactada pelo aumento generalizado dos custos dos materiais e serviços num contexto de pressões inflacionistas, e pelo aumento de custos de funcionamento, nomeadamente o aumento de custos com projetos tendentes ao apoio e diversificação da atividade do grupo, o aumento dos custos de outsourcing em resultado sobretudo dos aumentos salariais e o inerente ao aumento de atividade pós-pandemia”, adianta o relatório enviado à CMVM.
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