Biometano é o caminho para um crescimento verde e sustentado, diz secretária de Estado

Ana Fontoura Gouveia, secretária de Estado da Energia e Clima, garante que Portugal continua comprometido com a descarbonização, com a aposta no biometano a ser o caminho para um “crescimento verde, sustentado e inclusivo”.

“Temos vindo a acelerar as metas e a renovar a ambição a que nos propusemos”, afirmou a governante na conferência sobre transição energética e as alternativas renováveis ao gás natural organizada esta quarta-feira no Centro Cultural de Belém, em Lisboa, e que contou com o Jornal Económico como media partner. Perante isto, “estamos agora a estudar a antecipação da meta de neutralidade carbónica”.

“Este objetivo que é climático, mas também securitário e industrial, exige uma alteração no modo como produzimos e consumimos energia”, e uma aposta nos gases renováveis, nomeadamente no biometano.

Este mês, o Governo anunciou um novo pacote de apoios de 83 milhões focado no biometano. Duarte Cordeiro, ministro do Ambiente, disse que esta aposta na produção de hidrogénio verde e biometano em larga escala será uma estratégia “com um impacto muito significativo na economia e na sociedade”, com criação de emprego.

“Estamos absolutamente determinados em promover os gases renováveis”, disse a secretária de Estado esta quarta-feira, sublinhando que os benefícios sociais e territoriais do biometano são muito significativos.

Esta aposta “permite-nos ainda fomentar a economia circular” e reduzir os depósitos em aterros, mas também diminuir os combustíveis fósseis importados, “melhorando a autonomia estratégica”, referiu Ana Fontoura Gouveia. Este “é o caminho para um crescimento verde, sustentado e inclusivo”, disse.

“A redução da dependência do gás natural é um elemento central do compromisso que Portugal assumiu de descarbonização do sector energético e de cumprimento das metas climáticas delineadas a nível europeu e nacional”, rematou.