O ênfase que se dá ao curto prazo continua a ser desmedido face às questões estruturais que precisam de ser resolvidas para criar um ambiente económico que possa promover uma convergência económica com o resto da Europa.
Não obstante as perspetivas para a economia portuguesa sejam favoráveis, há algo que nos deve preocupar, e que reside na nossa incapacidade em provocar um choque positivo, significativo, no crescimento económico.
Falta ambição ao PE para aproveitarmos devidamente os fundos disponíveis e uma certa conjuntura para a economia dar um salto de crescimento, inovação e desenvolvimento.
Um país com problemas de fundo, cresce, mas não progride. Sem prejuízo de responder às exigências da conjuntura, se há folga para fazer políticas, estas deveriam procurar soluções de longo prazo.
O cenário que herdamos permite-nos ter a expetativa de um crescimento em 2023 de pouco mais de 1%, muito provavelmente, sustentado pela dinâmica da evolução das exportações.