“Isto em si obriga a que todas as empresas tenham que redefinir a gestão de risco. Nenhuma empresa está imune a esta nova visão de riscos sociais e ambientais”, destaca o advogado Paulo Câmara no programa da plataforma multimédia JE TV.
Paulo Câmara, advogado e managing partner da Sérvulo Associados, vem ao “Falar Direito” para falar do livro recentemente lançado a nível internacional e que aborda as particularidades dos critérios ESG enquadrados na corporate governance.
“A consolidação na banca é mais ou menos inevitável. As concentrações permitem criar sinergias de custos e de receitas. Em Portugal vai acontecer a vários níveis: nos bancos mais pequenos de forma inevitável mas também nos médios e maiores”, realçou o advogado Jorge Brito Pereira, sócio da J+Legal e com larga experiência na área de fusões e aquisições.
“Não é uma coincidência que nenhum dos unicórnios que nasceu aqui esteja cotado em Portugal ou sequer esteja a ponderar fazer a cotação no nosso país. O voto plural apenas é permitido às sociedades cotadas e acho que essa visão é profundamente míope”, considerou o advogado Jorge Brito Pereira no programa da plataforma multimédia JE TV.
“O voto plural passou um fator de concorrência. É como aquela frase dos ingleses: “Comer o bolo e ficar com ele”. Porque significa fazer o IPO (initial public offering), dispersar ações pelo mercado mas continuar a mandar na empresa”, analisou o advogado Jorge Brito Pereira no programa da plataforma multimédia JE TV.
O voto plural, que passou a ser permitido nas sociedades cotadas, deveria ser alargado às outras empresas, propõe o advogado Jorge Brito Pereira em entrevista a Filipe Alves, diretor do JE. Dessa forma poderia ser possível manter em Portugal os unicórnios de base nacional.