A indústria automóvel sofreu esta segunda-feira mais um revés, com a empresa alemã a colocar em cima da mesa, pela primeira vez, a eliminação de uma das fábricas de que dispõe na Alemanha.

A incerteza económica e a subida dos juros levaram as famílias a adiarem decisões de consumo, nomeadamente a compra de carros. De acordo com Duarte Gomes Pereira, secretário-geral da ASFAC, a maior confiança e descida das taxas, que alivia as prestações da casa e aumenta a margem para contratar outros empréstimos, está a dar um novo fôlego ao crédito ao consumo, com Portugal a contrariar a tendência vivida no resto da Europa.

A dinâmica do mercado automóvel foi negativa em julho, já que a procura caiu 13% no total dos automóveis. Ainda assim, os elétricos fogem à regra, com disparos tanto ao nível da oferta como da procura, em termos homólogos.

A viagem do CEO, durante as suas férias de verão, serve para tranquilizar os investidores e trabalhadores após os “resultados dececionantes e humilhantes” do primeiro semestre, de acordo com a “Reuters”.

A automotora elétrica chinesa BYD Trucks vai exportar os seus modelos para Portugal através da Salvador Caetano Auto, que fica encarregue de os vender no território nacional.

Entre janeiro e julho foram produzidas 197 mil viaturas em Portugal, menos 6% do que no mesmo período do ano passado. Ao nível dos ligeiros de passageiros, que representam mais de três quartos do mercado, o recuo foi mais ligeiro, na ordem de 4,7%.