Há uma lição da floresta para todos os lugares que habitamos. Melhor do que pensar a floresta como um habitar menos que apenas se visita, importaria talvez pensar o habitar como uma visita. Assim, estamos e não afastamos.
Como a tentação de controlo pode ser enorme, é bom que a discussão pública seja suficientemente lúcida para que as decisões de bom senso sejam tomadas a tempo. Infelizmente, não é isso que está a acontecer.
Talvez nos iludamos nos sonhos, mas talvez nos iludamos menos. Há uma sinceridade da mente consigo própria no sonho. Talvez porque sonhar seja mais da ordem do que nos acontece do que do que fazemos acontecer. Há neles uma vocação ecológica e comunitária.
A votação na Assembleia Geral da ONU relativamente à condenação da Federação Russa pela guerra na Ucrânia leva-nos a crer que reflete a vontade de [ alguns países] desalinharem pela neutralidade, receando o regresso da bipolaridade na Ordem Internacional.
O trabalho que Portugal tem vindo a fazer de estudo permanente e dedicado do seu “Mar Portugal”, nomeadamente no quadro do alargamento da plataforma continental que corre atualmente nas Nações Unidas, é extremamente relevante. Portugal continua a ser um país líder no debate sobre a ação do oceano.
Hoje, sobretudo nas grandes cidades, onde se concentram os melhores empregos, a combinação de salários baixos e preços da habitação exorbitantes é um impacto evidente da desigualdade. Compete aos Governos atuarem como força motriz de uma transformação.
Boa parte do tempo em que as taxas de juro estiveram extraordinariamente baixas foi perdido em temas colaterais de agenda política, em vez de colocar-se o foco no crescimento económico. Esta espécie de dança é perigosa, porque é feita sobre riscos estruturais.
A noção de superfície não é inequívoca. A superfície pode separar uma realidade na sua unidade do resto em volta, ou, pelo contrário, ligar realidades, justapostas, conviventes. E é por aqui que há que fazer caminho.