É relevante o facto de a Agência Internacional de Energia considerar que, para uma transição na mobilidade elétrica efetiva, a Europa não é autossuficiente na produção de carros elétricos, precisando de importar veículos, nomeadamente, da China.
Deveríamos debater, enquanto sociedade, se os horários sociais que praticamos são os que mais se adequam, na medida em que estão desfasados do nosso relógio biológico.
Podemos questionar a viabilidade a longo prazo da estrutura atual da economia portuguesa, mas, tal como está, necessita e necessitará de imigrantes no futuro próximo. E é bom relembrar que o saldo das suas contribuições para a Segurança Social é muito positivo.
A União Europeia tem muito trabalho pela frente, que irá exigir mais compromissos e uma maior integração, muito além do propósito fiscal e económico do propósito fundador.
A China domina a transformação in loco de matérias-primas orientadas para o sector automóvel em países como a Indonésia, República Democrática do Congo, através de empresas de capital misto, a que o Ocidente não foi muito sensível em investir.
O que querem os cidadãos da UE? Uma Europa de valores democráticos e direitos humanos, capaz de disseminar esses valores de forma equivalente por todas as geografias? Ou uma Europa fortificada e, por consequência, com riscos de isolamento?
Ignorar o valor da vida humana em favor de objetivos geopolíticos de curto prazo é uma resposta simplista, que subestima a intricada teia de fatores que moldam a segurança contemporânea.
No limite, a tendência tecnocrática convive bem com um certo elitismo e paternalismo. E não se podendo confundi-la com a ameaça da autocracia, na verdade existe em ambas alguma alergia pela conceção democrática da política.