Em resposta a uma tomada de posição de 12 associações e sociedades médicas e científicas, a empresa alega que há “mais de 20 estudos independentes e de organismos oficiais que confirmam que o tabaco aquecido constitui uma melhor alternativa do que os cigarros”, avança o Público
As organizações mostram-se “fortemente preocupadas” com as alegações da indústria acerca do risco reduzido dos dispositivos de tabaco aquecido e sublinham que os riscos são graves e que o tabaco aquecido não é menos prejudicial para a saúde como muita gente pensa, ao contrário dos cigarros convencionais, escreve o Sol.
Está declarada a guerra: depois de 12 sociedades médicas e científicas divulgarem uma posição conjunta contra o tabaco aquecido em que alertam de forma incisiva para os riscos destes novos produtos, a Tabaqueira reagiu adiantando que haverá já cerca de 200 mil utilizadores do dispositivo que comercializa em Portugal desde 2015 com a marca Iqos.
Através de um documento conjunto, várias organizações como a Sociedade Portuguesa de Cardiologia, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar e a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, entre outras, falaram sobre o tabaco aquecido e mostraram-se “fortemente preocupadas” com o assunto, lembrando que estes são tão ou mais prejudiciais para a saúde, uma vez que “produzem aerossóis com nicotina e outros químicos”.
“Não devemos permitir que o debate em torno dos novos produtos do tabaco nos distraia do principal objetivo em questão – promover medidas regulatórias que sabemos serem eficazes na redução do tabagismo e continuar a apoiar aqueles que desejem parar de fumar”, escrevem as organizações portuguesas, citadas pelo Jornal de Notícias.
As mesmas organizações não recomendam, de todo, a utilização de tabaco aquecido e deixam vários alertas: “A melhor forma de salvaguardar a saúde humana é a prevenção da iniciação de qualquer forma de consumo e o apoio médico para cessação tabágica”, dizem, acrescentando que “os PTA [Produtos de Tabaco Aquecido] contêm nicotina, substância altamente aditiva que existe no tabaco, causando dependência nos seus utilizadores, para além de estarem presentes outros produtos adicionados que não existem no tabaco e que são frequentemente aromatizados”, alertam. Por fim, referem que, em vários estudos, “foram encontradas substâncias nocivas em altas concentrações, como material particular, alcatrão, acetaldeído, acrilamida e um metabolito da acroleína”, explicam os especialistas.
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com