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O crossover europeu mais popular subiu de nível e está mais arrogante

Tekna Premium? O nome diz-lhe alguma coisa? E se lhe disser que este é o modelo do Qashqai que tem tudo?
4 Agosto 2017, 11h40

Um êxito aquando do lançamento, o Nissan Qashqai quer continuar no top dos mais vendidos na Europa e, por isso, evoluiu. A tecnologia de condução ProPilot, a condução autónoma da marca, o sistema anticolisão capaz de reconhecer peões e animais e outros sistemas de mobilidade inteligente são algumas das novidades que foi possível experienciar, ou que ficaram prometidas para breve. Viena de Áustria foi o local escolhido para testar a nova “máquina” e o trajeto misto prometia antecipar aquilo que o verão português permite a quem se aventura na estrada.

Falar do Qashqai tem o seu quê de emocional porque, como crossover, conquistou os portugueses e muitos europeus. As formas, a dimensão, as linhas, a facilidade de condução, o facto de ser intuitivo, a posição fácil e alta de condução e o preço acessível a uma classe média que quer ficar com um automóvel que mantém o valor, são alguns dos atributos.

Como crossover urbano significa que é a cidade o primeiro espaço de experiência. E, por isso, acrescentar tecnologia que se vê geralmente em segmentos superiores foi a opção natural do construtor. Aliás, o redesenho do novo modelo foi colocado à venda em Portugal no passado mês de julho e o segmento C-SUV/crossover onde este carro se insere acabou por procurar os clientes de segmentos superiores com a nova versão premium, o Tekna. A mobilidade autónoma, entretanto anunciada, só estará disponível no verão do próximo ano em Portugal, mas isso não impediu que tivessem sido vendidos quase 3200 veículos deste crossover em Portugal nos primeiros cinco meses do ano. Um carro de classe 1, mas com espaço e tamanho que parece querer rivalizar com o seu congénere X-Trail, atrai consumidores nacionais.

Mas o que nos traz o novo Qashqai?

Não vamos pedir pouco e por isso vamos falar da linha premium, aquela que qualquer consumidor ambiciona. No interior encontrámos novos bancos e novos revestimentos. O apoio lombar pneumático, que é controlado eletronicamente no banco do condutor, é um must, permite adaptar o assento a qualquer altura de quem conduz e tem condições para atenuar o cansaço. Não foi esquecida a função de memória, pois qualquer carro de família é geralmente conduzido por duas pessoas.

E com condutores mais refinados e exigentes, o aspeto visual contemporâneo começa pelo volante. Esta peça com formato em “D” – o mesmo que dizer que tem uma base horizontal para facilitar o posicionamento das pernas – reflete uma ambição que passa por ter um volante mais pequeno, que permite melhorar a visibilidade do ecrã. Para compensar a redução do raio, o volante é mais espesso e a sensação final é de condução mais desportiva e agressiva.

Depois temos o sistema áudio da BOSE. De realçar que dois woofers foram alojados numa caixa que está montada na cava da roda sobresselente, o que aumenta a profundida do som. Ideal para o relax na cidade enquanto se espera pelos intermináveis semáforos. A Nissan afirma que este é o “sistema de som mais completo jamais oferecido “ pela marca. E fala ainda numa experiência de audição tipo “concerto”.

Confirmamos.

No exterior foi feita uma revisão profunda no visual frontal, destacando-se a maior utilização da cor da carroçaria e umas grelhas laterais que, para além de “arrogantes”, beneficiam a entrada de ar. Na frente, a grelha em “V”, que enquadra o logótipo, tem duas versões. A mais completa tem um acabamento plano para permitir o funcionamento do sistema de radar que faz parte do sistema anticolisão inteligente. As ondas de radar não registam interferências com esta solução. Uma outra versão do logo apresenta um contorno tradicional. É ainda nova a assinatura em forma de boomerangue das lâmpadas de presença diurna. O novo modelo tem nove Led, contra os anteriores seis, e uma lente mais espessa, o que lhe dá um efeito de proposta de nível mais elevado. O capô tem agora uma linha reta de vanguarda em vez de cuva, com vincos bem visíveis.

As motorizações vão dos 110 cv a diesel aos 163 cv a gasolina, e a propulsão pode ser feita com duas ou quatro rodas motrizes.

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