O presidente Donald Trump autorizou a abertura dos arquivos, cumprindo assim a lei aprovada pelo Congresso dos EUA, em 26 de outubro de 1992. A lei JFK determinou que os documentos secretos sobre o assassinato de JFK se tornassem públicos 25 anos após a promulgação do texto.
A Casa Branca ainda não informou se Trump vai disponibilizar todos os arquivos – existem cerca de cinco milhões de documentos arquivados. Já foram divulgados 88%, mas 11%, cerca de 3 mil, permanecem classificados como secretos.
A imprensa americana especula que, para alguns órgãos de inteligência governamentais como o FBI e a CIA, alguns documentos deveriam ser mantidos sob segredo de Estado. De acordo com a imprensa, Trump estaria a enfrentar pressões para bloquear parte destes documentos, porque alguns contêm dados de agentes que ainda estão em atividade.
Esta quarta-feira, Trump escreveu no Twitter que hoje (quinta-feira) seria o dia da publicação dos arquivos confidenciais. Num post anterior, Trump foi mais cauteloso. “Sob reserva do conhecimento de informações adicionais, vou autorizar, como presidente, que sejam abertos os arquivos classificados e há muito tempo bloqueados de JFK”, escreveu.
A lei aprovada pelo Congresso americano em outubro de 1992 garantiu o direito público à informação presente nos arquivos secretos que reúnem os registos das investigações dos serviços de inteligência como a CIA e o FBI e do Departamento de Justiça.
Filme de Oliver Stone reacendeu polémica
O jovem presidente John F. Kennedy foi assassinado em 22 de novembro de 1963, em Dallas, no Texas. O atirador Lee Harvey Oswald foi apontado como o único responsável pelo crime, mas várias teorias da conspiração afirmam que Lee não teria sido o único responsável.
Em 1991, o filme JFK, de Oliver Stone, alimentou essas teorias e acendeu um debate público sobre as circunstâncias do assassinato de JFK. A lei aprovada em 1992 teve como objetivo travar o debate conspiratório.
Segundo o relatório que justificou a lei, o filme de Oliver Stone “popularizou uma versão do assassinato do presidente Kennedy que apontava agentes do FBI e da CIA como conspiradores”.
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