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Quase 70% dos portugueses prefere ‘pack’ de benefícios personalizados a subida salarial

Num estudo levado a cabo pela startup Cobee, 82% dos inquiridos consideram que é “muito importante” ter mais benefícios e poder escolhê-los, ao invés de receber um pack generalista com o que a empresa considera ser “o melhor para todos”.
24 Março 2021, 17h50

São cada vez mais os portugueses que, fruto da pandemia de Covid-19, começam a preferir um pacote de benefícios extrassalariais mais abrangente do que uma subida salarial. Esta é uma das principais conclusões do estudo ‘Tendências em Benefícios Sociais 2021’ levada a cabo pela Cobee, que sublinha a vontade de 69% dos portugueses em receberem um pacote de benefícios que cubra as suas necessidades adequadamente e de forma personalizada e flexível.

Atualmente, a saúde é o benefício mais valorizado com nove em cada 10 portugueses a manifestá-lo. Num momento em que a pandemia ainda se faz sentir, a Cobee considera ser “vital que os colaboradores possam contar com a ajuda das suas empresas para lhes dar mais segurança e apoio face a eventuais problemas – e não falamos apenas de saúde física, mas também de saúde mental, um ponto cada vez mais valorizado pelos trabalhadores portugueses, depois de tantas mudanças profundas num tão curto espaço de tempo”.

Segundo o estudo, 69% dos portugueses preferiria um pacote de benefícios salariais personalizado em vez de um salário mais elevado. A autora do estudo dá como exemplo um pacote de benefícios no valor de 1.607 euros, com um cheque ginásio, seguro de saúde, consultas de psicologia online e, até, assinatura da Netflix, incluído num salário de 50 mil euros/ano. Sem saber o valor económico deste pacote de benefícios que lhes era apresentado, 69% dos entrevistados optaram então por esta opção, em vez de um salário de 52 mil euros/ano.

Outra das conclusões, revela que sete em cada 10 portugueses afirmam que ter um plano de benefícios os deixa mais motivados no trabalho. “Tal pode representar um importante passo em frente para as empresas que compreenderem esta realidade em tempo útil, que poderão assim utilizar os planos de benefícios como uma ferramenta crucial para atrair e reter os melhores talentos, um fator de sucesso nos dias de hoje. No entanto, 71% dos inquiridos afirma que o seu plano de benefícios atual é generalista e impessoal. Este dado demonstra que o sector de benefícios em Portugal necessita de atualizar-se rapidamente e passar de rígido, antiquado e generalista a flexível, moderno e personalizado”, afirma a Cobee.

Para a Cobee, isso pode conseguir-se através de três pontos fundamentais – a digitalização, flexibilidade e comunicação, que são mais urgentes do que nunca. Os colaboradores desejam agora um plano dinâmico que se adapte ao momento e às situações imprevisíveis e, sobretudo, às suas novas particularidades.

Segundo 82% dos inquiridos no estudo, é “muito importante” ter mais benefícios e poder escolhê-los, ao invés de receber um pacote generalista com o que a empresa considera ser “o melhor para todos”.

Por outro lado, os seguros de vida e as pensões são, respetivamente, o segundo e o terceiro benefícios mais importantes para os colaboradores, e algumas das principais tendências de 2021 – garantindo um futuro melhor, segundo o estudo.

Por último, a Cobee concluiu que o momento de utilizar as regalias também pode variar de pessoa para pessoa. Por exemplo, 76% dos trabalhadores portugueses considera que é muito importante poder acumular os benefícios de um mês para o outro e utilizá-los quando lhes for mais conveniente.

Para Borja Aranguren, CEO e co-fundador da Cobee, “não devemos replicar o mesmo plano ano após ano, mas sim utilizar os elementos da remuneração não salarial como valor diferencial. Desenvolve-se uma nova cultura empresarial em que o colaborador e a sua felicidade são colocados no centro, como forma de garantir o bem-estar de toda a empresa. A comunicação, a empatia e a capacidade de ouvir e cuidar das equipas são os trunfos da verdadeira revolução digital.”

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