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78% das empresas considera que apoios do Estado estão muito aquém do necessário, revela estudo da CIP

Na primeira semana de junho, o número de empresas que já recebeu financiamento subiu 8 pontos percentuais (de 39% para 47%). Óscar Gaspar, vice-presidente da CIP, referiu em conferência de imprensa que este é um crescimento muito significativo sendo que 53% das empresas afirma que ainda não recebeu qualquer apoio estatal.
15 Junho 2020, 16h57

Cerca de 78% das 652 empresas inquiridas no estudo desenvolvido em conjunto pela CIP – Confederação Empresarial de Portugal e ISCTE considera que os apoios do Estado estão aquém ou muito aquém do que é necessário, de acordo com o inquérito feito às empresas portuguesas na primeira semana de junho sobre a diversificação de produtos, de mercados e de formas de venda, devido à pandemia de covid-19.

Outra conclusão deste estudo passa pelo crescimento da percentagem de empresas que já recebeu os apoios estatais. No período em causa (primeira semana de junho), o número de empresas que já recebeu financiamento subiu 8 pontos percentuais (de 39% para 47%). Óscar Gaspar, vice-presidente da CIP, referiu em conferência de imprensa que este é um crescimento muito significativo sendo que 53% das empresas afirma que ainda não recebeu qualquer apoio estatal. A maioria das empresas inquiridas (66%) considera os apoios da União Europeia razoavelmente adequados ou adequados, o que mostra uma evolução muito significativa de mais 17 pontos percentuais, face aos 49% da semana anterior.

Foi ainda possível concluir neste inquérito a 652 empresas que o número de empresas que está em lay-off simplificado tem vindo a reduzir semanalmente. Se há um mês, 48% das empresas encontrava-se nessa situação, a 4 de junho essa percentagem é de 24%.

Este inquérito integra o Projeto Sinais Vitais, desenvolvido em conjunto pela CIP, através das associações que a integram, e pelo Marketing FutureCast Lab do ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa, que tem como objetivo recolher informação atualizada sobre a posição dos responsáveis pelas empresas portuguesas e sobre o impacto que diferentes situações têm nestas, no quadro da situação de exceção provocada pela pandemia de covid-19.

Os inquéritos são feitos e divulgados regularmente e abordam temas considerados relevantes para a atividade empresarial, na atual situação de exceção, contribuindo para a existência de dados quantitativos fiáveis sobre a realidade das empresas, permitindo uma atuação dinâmica dos responsáveis políticos e do movimento associativo, a cada momento.

Os dados do inquérito relativo à proteção da saúde nas empresas serão divulgados a 15 de junho, segunda feira, às 16:00, em conferência de imprensa realizada através da plataforma Zoom.

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