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80% das autarquias indexa fatura dos resíduos ao consumo de água. Deco Proteste quer revisão da tarifa

“Quem cumpre e separa os resíduos, com a preocupação de defender o ambiente, paga o mesmo de quem é indiferente ao problema da sustentabilidade”, aponta a Deco Proteste que defende a revisão do cálculo da tarifa dos resíduos.
20 Janeiro 2021, 10h09

Em 308 municípios portugueses, 80% indexam a fatura dos resíduos em função do consumo de água. A Deco Proteste considera que esta prática é injusta e que “não espelha as práticas sustentáveis” das famílias que reciclam o seu lixo e defende a revisão do cálculo da tarifa dos resíduos.

“A taxação atual é feita com base nos metros cúbcos (m3) de água gastos, o que não tem nenhum tipo de correlação com o desperdício de cada agregado familiar, nem valoriza quem recicla os seus resíduos”, segundo comunicado hoje divulgado pela Deco Proteste.

“Esta injustiça é ainda uma realidade na maior parte do território nacional. Quem cumpre e separa os resíduos, com a preocupação de defender o ambiente, paga o mesmo de quem é indiferente ao problema da sustentabilidade”, disse a associação.

A Deco Proteste defende assim a “implementação de um sistema que permita o cálculo em função do volume ou peso de resíduos indiferenciados que se produz (lixo), compensando a parcela de resíduos que foram encaminhados para recolha seletiva e reciclagem – o sistema PAYT (Pay as you throw), ou seja, paga-se apenas o lixo que se produz e que não se recicla”.

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