Com o Verão quase a começar, estamos a chegar à altura do ano em que a maioria dos portugueses aproveita para tirar alguns dias de merecidas férias. Permitam-me, intercalando com a leitura tradicional de jornais e revistas em ambiente de puro relaxe, algumas sugestões.

Até ao próximo dia 11 de Setembro, a não perder no Palácio das Artes do Porto, a exposição inédita de 100 gravuras desenhadas por Pablo Picasso, entre 1930 e 1937, uma colecção detida pela Fundação Mapfre e considerada uma das mais importantes do século XX. Para alguém que muito aprecia a obra de Picasso, esta exposição – apenas possível em resultado da parceria estabelecida entre a casa de vinho do Porto Taylor’s e o Museu da Misericórdia – é simplesmente imperdível.

Em Lisboa, até ao próximo dia 29 de Setembro, no Atelier Museu Júlio Pomar, uma exposição que reúne mais de 80 obras do grande artista plástico e pintor português, incidindo sobre o modo como o corpo, o erotismo, a sensualidade e a sexualidade atravessaram a sua obra ao longo de várias décadas.

Ainda em Lisboa, até ao dia 16 de Junho, decorre a Feira do Livro que, apesar dos seus altos e baixos ao longo dos anos, continua a ser um ponto de paragem clássico no panorama editorial. Destaco e recomendo a aquisição de três biografias recentemente publicadas: José Saramago, por Joaquim Vieira (Livros Horizonte), Sophia de Mello Breyner Andresen, por Isabel Nery (A Esfera dos Livros) e Agustina-Bessa Luís, por Isabel Rio Novo (Contraponto).

Quanto a teatro, recomendo vivamente “A matança ritual de George Mastromas”, no Teatro Nacional D. Maria II, até ao próximo dia 28 de Junho, de Dennis Kelly e com encenação de Tiago Guedes. Para alguém que aprecia o percurso de Bruno Nogueira, o meu caso, é curioso e ao mesmo tempo estimulante ver este actor vestir uma pele diferente do habitual nesta peça. Uma aposta ganha.

No Porto, dia 22 de Junho, na Praceta Exterior Norte do Arrábida Shopping, a partir das 22 horas, a Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música interpreta algumas obras de George Gershwin, Darius Milhaud e Dmitri Chostakovitch, tendo como elo comum a visão de cada um destes autores clássicos sobre a música jazz. Uma noite que promete.

Termino com futebol e ballet. Na semana em que a Selecção Nacional de futebol se sagrou vencedora da Liga das Nações da UEFA, numa demonstração, uma vez mais, de que o trabalho, o esforço e o mérito nos colocam ao nível dos melhores nos mais diversos patamares, queria também destacar o exemplo do bailarino português, Marcelino Sambé. Filho de pai guineense e mãe portuguesa, começou a dançar aos quatro anos. Num percurso de vida inteiramente dedicado à dança, em 2012 Sambé ingressou na companhia de dança Royal Ballet, onde agora acaba de ascender à ambicionada condição de bailarino principal. Parabéns!

Sim, o talento, a dedicação e o compromisso geram resultados que nos colocam entre os melhores. E pagam-se, claro está.

P.S. – A frase que dá corpo ao título deste artigo é da escritora sueca e vencedora do Prémio Nobel de Literatura em 1909, Selma Lagerlöf.