Na divulgação dos seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2020, o relatório mostrou uma receita na ordem dos 222,88 mil milhões de euros, um pouco acima dos 221,19 mil milhões esperados. O lucro líquido caiu de 16,56 mil milhões de euros em 2019 para 9,48 mil milhões em 2020 (previsões: 7,37 mil milhões de euros).
No entanto, foram as previsões, e não os resultados, que chamaram mais a atenção dos investidores. A Volkswagen destacou os pontos-chave da sua nova estratégia na qual irá focar-se mais na produção de veículos elétricos (EV). A empresa pretende vender mais de um milhão de veículos elétricos em 2021, divididos entre veículos totalmente elétricos, híbridos e plug-in, sendo que até 2030 pretende já ter cerca de 50 novos modelos de veículos totalmente elétricos. Além disso, a fabricante alemã referiu que pretende construir mais seis fábricas de baterias na Europa e uma rede de estações de recarga em vários pontos do globo. Para isso, já assinou acordos para o início das duas fábricas e está a explorar potenciais locais para as restantes quatro.
Por último, mas não menos importante, o CEO da empresa, Herbert Diess, disse que a Volkswagen pretende ultrapassar a Tesla em termos de vendas de baterias EV até 2025. A gestão da Volkswagen parece estar a seguir a estratégia desenvolvida pela Tesla de Elon Musk, uma vez que a fabricante norte-americana também decidiu avançar com grandes investimentos em fábricas de baterias.
Embora os resultados não tenham sido brilhantes, as previsões acabaram por sustentar a reação positiva no mercado, sendo que empresas como o Deutsche Bank elevaram as previsões sobre as metas do preço das ações da Volkswagen para 270 euros, face às últimas previsões que apontavam para os 185 euros por ação. O peso da empresa no índice alemão (DAX) é de pouco mais de 2,6%, mas, mesmo assim, acabou por ser um dos principais impulsionadores do índice, no qual, durante vários dias, esteve constantemente a bater novos máximos históricos – o último no dia 1 de abril.
O crescente interesse do grupo Vag e de outras marcas de automóveis começa a abranger cada vez mais players no mercado, acabando por pressionar marcas como a Tesla. A fabricante norte-americana tem sido pioneira neste setor, vendo embora os seus concorrentes diretos a aumentar de forma substancial.
Empresas como a marca alemã, que têm uma presença forte nos mercados tradicionais de automóveis, fazem com que os níveis de competitividade neste setor aumentem significativamente. Este poderá ser, assim, um motivo de preocupação para o empresário Elon Musk.
A indústria automóvel não é um setor em que os Estados Unidos da América tenham particular sucesso; desde que há registo, apenas duas empresas norte-americanas do setor automóvel é que não declararam falência, tendo sido a Tesla uma delas (acompanhe a evolução das empresas cotadas em bolsa).
Assim sendo, será que empresas como a Volkswagen conseguirão conquistar os consumidores, tal como fez Elon Musk quando apresentou os seus primeiros automóveis?
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