A primeira geração ergue, a segunda reforça e a terceira destrói. Esta noção tornou-se mais do que um adágio popular – muitos membros da comunidade empresarial tratam-na como uma verdade insofismável… e uma fatalidade inevitável. Vale a pena tratar aqui hoje deste assunto para entender a sua origem e mostrar que, obviamente, se trata duma falácia que importa denunciar… e eliminar.

A origem: um estudo incipiente carregado de falhas
A “regra das três gerações” nasce dum estudo da década de 1980 sobre empresas industriais em Illinois que se foi tornando o argumento base para limitar de forma drástica a longevidade das empresas familiares. Com base numa amostra, considerou as empresas que estavam em operação durante o período de estudo e agrupou-as em blocos de trinta anos, que considerou representarem gerações. Conclusão: apenas um terço das empresas familiares deste estudo tinha passado pela segunda geração e apenas 13% pela terceira.
As repercussões deste estudo foram enormes.

Conteúdo reservado a assinantes. Veja a versão completa aqui. Edição do Jornal Económico de 1 de agosto.