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“A Galp precisa de empresa que faça a operação”

Tem uma experiência de décadas a atuar no sector petrolífero em África e avisa que ainda há um longo caminho a percorrer até ao arranque da exploração comercial das jazidas de hidrocarbonetos descobertas na Namíbia.
28 Abril 2024, 08h00

Com uma experiência de mais de três décadas no sector petrolífero em África, o advogado Rui Amendoeira analisa as descobertas de petróleo na Namíbia e o seu potencial.

Como é que olha para estas descobertas na Namíbia?
Esta mudança tem a ver, essencialmente, com a tecnologia. Estes campos estão em águas muito profundas. Para ter ideia, chegam a furar a mais de cinco quilómetros de profundidade a partir da linha de água. São águas profundíssimas, das mais profundas do mundo. Há uns anos não havia tecnologia suficiente para este tipo de exploração e agora há. O petróleo sempre lá esteve, a tecnologia é que não estava.

Têm sido anunciadas as descobertas de reservas relevantes…
Há um grande entusiasmo com estas descobertas, mas atenção que isto ainda vai dar muitas voltas. Porque é preciso saber a dimensão dos reservatórios, é preciso saber exatamente qual é a qualidade do petróleo, embora aparentemente, como aliás é normal ali naquela zona, é um petróleo relativamente leve, é um petróleo bom. É preciso saber qual a porosidade e a pressão do reservatório. Já para não falar de todo o custo de exploração, que vai ser elevadíssimo. Aliás, se o preço do petróleo não estivesse no ponto em que está, neste momento, estas não seriam, provavelmente, descobertas comerciais.

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