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“A ‘geringonça’ morreu”. Espanha dá eco ao fim da solução governativa que tanto fascinou ‘nuestros hermanos’

“Fica descartada a reedição da solução de Governo que tanto fascinou a Espanha e que Pedro Sánchez aspirava recriar, encabeçando um executivo exclusivamente socialista com Pablo Iglesias como fiel escudeiro no Congresso”, realçou o El Mundo.
11 Outubro 2019, 19h25

“Após quatro anos de vida, confirmou-se esta sexta-feira a notícia que todos antecipavam em Portugal: a ‘geringonça’ – a famosa aliança da esquerda lusa – morreu definitivamente”. Foi assim que o El Mundo anunciou o fim da aliança de esquerda que permitiu à esquerda parlamentar derrubar o executivo de Pedro Passos Coelho e formar uma outra solução governamental.

“Desta forma, fica descartada a reedição da solução de Governo que tanto fascinou a Espanha e que Pedro Sánchez aspirava recriar, encabeçando um executivo exclusivamente socialista com Pablo Iglesias como fiel escudeiro no Congresso”, continuou o artigo do El Mundo.

Esta sexta-feira, a coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), Catarina Martins, lamentou esta sexta-feira a decisão do PS de não voltar a assinar nenhum compromisso escrito com os partidos de esquerda. Catarina Martins acusa o PS de se ter mostrado “indisponível para alterar a lei laboral”, o que terá levado à inviabilização de um acordo entre os dois partidos.

“Ao decidir pôr um ponto final à existência de um modelo de acordo político que ficou conhecido como ‘geringonça’, o PS recusa um modelo que deu provas de resistência face a turbulências políticas, que impediu recuos e assegurou um percurso estável de recuperação do país e de respeito pelos direitos e rendimentos. Os acordos da ‘geringonça’ foram uma garantia de estabilidade na vida das pessoas e o BE lamenta a decisão de não continuar este caminho”, disse a coordenadora do BE.

Catarina Martins diz que o BE se mostrou disponível para negociar com o PS, logo na noite de eleições,  e que, na quarta-feira, quando o PS se reuniu com o BE, expôs ao secretário-geral do PS, António Costa, uma metodologia e bases políticas para aceitar assinar um acordo de legislatura “em que a autonomia dos partidos coexistisse com medidas de estabilidade na recuperação de direitos e rendimentos”. Entre as condições impostas pelo BE estava a revisão da lei laboral.

 

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