As pessoas estiveram em estado de suspense, em frente às telas, ansiosas, e nas redes sociais a fervilhar com comentários, enquanto jornalistas se esforçavam para dar a notícia mais sensacionalista possível. Todos para ver a segunda cerimónia inaugural de Donald Trump. Na festa não faltaram bilionários, e representantes da extrema-direita. À distancia ficaram os sorrisos amarelos pelos não convites aos “grandes chefes da Europa”. Temos fumo branco! Não há mais surpresas. Entramos nos tempos de golden age da diplomacia e muito jogo de bastidores.
Trump falou, o mundo prestou atenção e cada um a seu nível se está a preparar para a próxima grande “piada” que a cada dia poderá ser mais perigosa! Mais uma vez a história nos apresenta com blocos em confronto, desta vez com uma configuração interessante, em que não percebemos em que bloco a Europa está… Parece uma piada, mas depois do discurso ou das omissões de Trump, a Europa parece ser um bloco secundário, pois as atenções estão viradas para os terceiro-mundistas que cresceram e agora querem e vão ter uma palavra neste jogo do poder e confronto aberto.
Na Europa, líderes tentam traduzir as declarações ou omissões de Trump. “É um desafio”, disse um tradutor, porque algumas “palavras” dele não existem em nenhum idioma conhecido de cooperação, mas o dinheiro para fazer cumprir os objectivos definidos vão ajudar nas traduções.
Nas Áfricas nem há traduções pois estes não foram nem convidados nem mencionados. Para esse continente-reserva, mantém-se o suspense no quando e quem precisará das Áfricas? Avistamos interesses nos recursos minerais, e força de trabalho básica talvez… e, o resto fica muito a depender da rivalidade geopolítica com a China e a Rússia que poderá influenciar a diplomacia americana nas Áfricas, como uma forma de contrabalançar a influência dessas potências.
Davos esteve à conversa sobre a “Colaboração para a Era Inteligente”, um reconhecimento que ainda não estamos “tão inteligentes.” Por lá, as Áfricas querem reformas no sistema financeiro, estão cansadas de ratings interesseiros. Mudança e diplomacia, haja velocidade em 2025.