Bitcoin é a criptomoeda que constantemente surge na nossa vida. Nas nossas redes sociais, na televisão, ou em qualquer canal é inegável a presença da bitcoin. Este crescimento exponencial varia diretamente com a sua performance e neste momento a bitcoin encontra-se bastante bullish.

Como um touro que na sua carga surge por baixo e acaba em cima, o termo bullish é usado pelos analistas para descrever uma situação de mercado em que se verifica um crescimento constante na avaliação de um ativo. Para a bitcoin é comum verificar este crescimento após o seu halvening. Nestes momentos, que ocorrem a cada quatro anos, a oferta da moeda é cortada em metade através da duplicação da dificuldade e processamento necessário para a minerar.

No entanto, muitos analistas acreditam que este crescimento súbito não pode ser comparado aos anteriores. A situação atual é diferente da vivida no passado e a injeção de moeda feita pelo governo federal dos EUA levou à desvalorização do dólar. Com muitos investidores preocupados com um eventual aumento da inflação, as criptomoedas podem surgir como forma de segurar os investimentos.

Além disso, neste momento além dos investidores de retalho existem cada vez mais investidores institucionais a procurar investir em criptomoedas. Empresas como a MicroStrategy, Tesla e Grayscale investiram fortemente, acreditando no seu potencial futuro. Finalmente, existe uma maior taxa de aceitação por parte de players já estabelecidos na indústria. Neste setor, empresas como o Paypal, Visa e Mastercad, começaram a apoiar a adoção das criptomoedas como moeda (através da criação de meios para os seus clientes começarem a aceitar pagamentos ou criando plataformas de compra e venda). Ambos fatores surgiram recentemente e complementam fortemente esta subida de valor.

A bitcoin não está sozinha neste novo mundo e conseguimos observar um aumento do interesse pela descentralização. Capitalizando as potencialidades das novas tecnologias e com um sentimento de insegurança face às instituições reguladoras, cada vez mais é possível observar uma maior procura por alternativas que possam cortar estes intermediários.

Um exemplo real é o da Chainlink, que com mais de 30 parcerias, e baseando-se na tecnologia de blockchain, proporciona um serviço descentralizado de informação. Facilita o acesso de bases de dados, serve como ponte para a comunicação de serviços entre outras aplicações. Este é só um dos exemplos das aplicações das criptomoedas que prometem muito mais que a abordagem tradicional ao dinheiro.

Estamos a viver o início das criptomoedas, e o foco tem de ser tanto na moeda e mais no “cripto”.

O artigo exposto resulta da parceria entre o Jornal Económico e o ITIC, o grupo de estudantes que integra o Departamento de Research do Iscte Trading & Investment Club.