No futuro, as empresas mais perspicazes e hábeis a entender a realidade e a mudança que as rodeia serão aquelas que irão conseguir ser mais efetivas na criação de valor, tanto para clientes como para si próprias.
O avanço da digitalização e da indústria 4.0 está a alterar radicalmente os fatores de competitividade das empresas e a sua forma de estar no mercado. Começamos a ter um quadro competitivo em que a criação de valor empresarial assenta na capacidade de resposta rápida, efetiva e inovadora que as empresas dão às necessidades específicas de cada consumidor e não em economias de escala e em produtos/serviços de massas como no passado.
À medida que esta realidade se intensifica, o conhecimento da envolvente em que as empresas atuam torna-se cada vez mais importante, bem como a forma como elas se integram nessa envolvente e nas suas dinâmicas de mudança. Na verdade, as empresas mais perspicazes e hábeis a entender a realidade e a mudança que as rodeia serão aquelas que irão conseguir ser mais efetivas na criação de valor, tanto para os clientes como para si próprias.
Mas o que é o “contexto” ou a “envolvente” de que falo? Certamente o contexto competitivo da análise clássica de Porter (clientes, concorrentes e fornecedores), mas sobretudo o contexto da eficiência empresarial coletiva, que envolve fornecedores de inputs especializados (componentes, sistemas, ferramentas, equipamentos), distribuidores nacionais e internacionais, clientes avançados, empresas pertencentes a indústrias relacionadas, instituições de ensino superior, infraestruturas tecnológicas (centros tecnológicos, institutos de novas tecnologias, institutos de qualidade), incubadoras de base tecnológica, parques de ciência e tecnologia, capital de risco, consultores especializados, associações empresariais (que providenciam informação, formação e suporte técnico) e serviços públicos.
E quais são as dimensões fundamentais do(s) contexto(s) ou envolvente(s)? Uma primeira dimensão respeita à “amplitude”, que pode ser local, regional, nacional ou internacional. Uma segunda dimensão respeita à “perspetiva temporal” considerada: passado, presente, futuro próximo, futuro distante… Esta segunda dimensão é muito importante na atualidade, dado que vivemos num tempo de mudança acelerada, em que as condições da procura, do mercado e da tecnologia se alteram permanentemente.
Uma outra dimensão muito relevante prende-se com o “caráter sistémico” do(s) contexto(s). Por essa razão, para perceber o(s) contexto(s) não basta apenas conhecer cada uma das suas dimensões, mas, também, a forma como essas dimensões se interrelacionam entre si e como interagem umas com as outras em sistemas que se afirmam crescentemente complexos. Para perceber o(s) contexto(s) é, igualmente, importante entender como é que esses sistemas evoluem e se adaptam ao longo do tempo.
A última dimensão fundamental é mais “normativa”, prendendo-se com a forma como o(s) contexto(s) influencia(m) as pessoas, os consumidores, as empresas e as organizações que o compõem e o modo com alguns destes atores também conseguem influenciar o(s) contexto(s) em que atuam.
Na EY-Parthenon temos equipas fortemente experientes em inteligência estratégica, que ajudam de forma efetiva as empresas e as entidades promotoras de eficiência empresarial coletiva a conhecer melhor as envolventes em que atuam e outras que são críticas para o seu futuro, bem como a perspetivar a sua evolução futura.