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A inovação como motor do desenvolvimento industrial

A indústria portuguesa há muito que dá ‘lições’ à Europa no que tem a ver a inovação. Centros tecnológicos, universidades e empresas têm, neste contexto, mais a ensinar que a aprender.
30 Maio 2025, 20h00

Ficou claro durante a mesa-redonda que teve lugar no âmbito da ‘Future Summit’ que a indústria nacional tem uma oportunidade única de desenvolvimento pelo aumento do VAB, pela participação em cadeias de abastecimento e industrialização, pela aposta na inovação concorrencial e por via da adição da universidade e dos diversos centros tecnológicos que apoiam clusters no caminho da inovação. Aliás, inovação é a palavra-chave da qual resulta a capacidade de a indústria portuguesa responder de forma positiva aos desafios da Defesa.

Paulo Rios Oliveira, administrador da AICEP, referiu que “ou entramos na velha postura e não vamos a jogo, ou aceitamos que temos vantagens competitivas. Temos grande capacidade de inovação. Somos concorrenciais quanto a inovação é mais necessária “. Mas deixou uma nota fundamental: “é evidente que isto não é para corredores solitários. É para ser feio em conjunto” – e nesse contexto “há uma importância acrescida das associações e dos clusters que importa envolver” no setor das Defesa.

Rios Oliveira salientou que “compete ao Estado ter uma estratégia clara”. Aliás, “a maior responsabilidade é do Estado: ajudar a gerar eficácia, eliminando custos de contexto”, num quadro em que “a posição geoestratégica de Portugal é também essencial”. “Há uma oportunidade para Portugal: somos criativos e não temos medo de inovar e de concorrer”. “Há conjugação de vontade para a criação de parcerias. Que a parte pública faça a sua parte: tem de ajudar as empresas a não tropeçar nas próprias regras. Há uma urgência que transfere oportunidades para as empresas portuguesas”.

Fernando Sousa, CEO da CEI/Zipor, referiu igualmente que, por exemplo, “a metalomecânica e o têxtil já estão ligados à defesa. O melhor exemplo é perceber as dezenas de empresas que já estão no setor”. “Todos temos de nos preocupar com este tema”, que já está a ser seguido por várias organizações de feiras e de certames. E lembrou: “Temos de ouvir os clientes, que são os militares”. Uma nota final: “temos que nos preocupar em produzir na Europa – já não é capital estrangeiro vindo para a Europa. Tem de ser capital europeu”. Como também, evidentemente, com empresas europeias.

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