A Inteligência Artificial (IA) surgiu há mais de 60 anos evoluindo até ao estádio atual da Generative AI. A capacidade de analisar grandes volumes de dados, aprender padrões complexos e realizar tarefas de forma autónoma, está a levar a IA a revolucionar a forma como tratamos, diagnosticamos e prevenimos doenças. No EY Global Consumer Health Survey 2023 cerca de 52% dos inquiridos afirmaram que a IA será comum na área da saúde nos próximos 10 anos.

Algumas áreas da saúde onde a IA terá cada vez mais um papel relevante:
Diagnóstico de Doenças – Algoritmos de aprendizagem automática podem analisar imagens médicas, como radiografias, tomografias e ressonâncias magnéticas, com elevada precisão. Tal possibilita a deteção precoce de doenças, como o cancro, tornando o tratamento mais eficiente e aumentando a probabilidade de cura assim como permitirá reduzir consideravelmente os erros médicos.

Medicina de precisão – Sintetizando os dados do paciente, com a análise de dados genéticos e do historial clínico, a IA pode ajudar a identificar os tratamentos mais adequados a cada pessoa, contribuindo para minimizar os efeitos colaterais e melhorando os resultados terapêuticos.

Monitorização Remota e Prevenção – Dispositivos e sensores conectados à IA podem acompanhar constantemente os sinais vitais dos pacientes, alertando os profissionais de saúde sobre qualquer alteração preocupante, o que permite uma intervenção mais rápida evitando complicações graves.

Gestão de Dados e Eficiência Hospitalar – Há hospitais que já começaram a aplicar IA nos registos de saúde informatizados de modo a identificar pacientes com maior risco de complicações pós-cirúrgicas. A IA pode também ajudar a navegar em redes complexas de fornecedores assim como pode ainda ser utilizada na automação de tarefas administrativas e logísticas, reduzindo o tempo despendido pelo profissionais de saúde nesta área.

Politicas de saúde – Num âmbito mais abrangente pode ser utilizada para recolher insights sobre as populações as quais tenderão a estar mais informadas, mais exigentes e menos tolerantes à incerteza. A IA pode ajudar os sistemas de saúde a progredir na abordagem das desigualdades no acesso à saúde, melhorando o envolvimento do paciente e informando as autoridades responsáveis sobre a realidade de como as pessoas vivem.

O potencial da IA vem também com receios quanto ao seu impacto em outras áreas. Temas como a questão da privacidade e segurança dos dados do paciente é um ponto crítico. É fundamental garantir que todas as informações de saúde sejam tratadas de forma confidencial e cumprindo as regulamentações de proteção de dados. De facto, as organizações têm preocupações sobre confiança, segurança e adoção por profissionais de saúde, mas existem já muitos exemplos onde a IA pode ajudar a obter melhores resultados na área da saúde.

Conclusão
Veremos no futuro próximo muitas mais aplicações da Generative AI pois possui um potencial imenso para contribuir na transformação digital na saúde, contribuindo para a tornar mais precisa, personalizada e eficiente abrindo caminhos para uma medicina mais avançada e centrada no paciente. Simultaneamente, é necessário enfrentar os desafios éticos e de privacidade, garantindo que esta tecnologia seja usada de forma responsável para o bem-estar de todos. Em ambiente colaborativo podemos construir um futuro promissor, onde a IA seja uma aliada indispensável na busca por uma vida mais saudável. How intelligently can we use AI to create a better working world?