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Senha mais comum é também a mais pirateada. Sabe como se proteger dos hackers?

O Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido avisa os utilizadores de internet para não usarem passwords como o seu primeiro nome, clube de futebol ou banda favorita.
22 Abril 2019, 13h32

O estudo é do Centro Nacional de Segurança Cibernética do Reino Unido (NCSC, em inglês), e indicou que a senha mais acessível para os hackers é a sequência ‘123456’. O estudo teve em conta mais de 100 mil senhas comuns que foram alvo de ataques globais.

De acordo com o NCSC, citado pela BBC, o estudo descobriu algumas falhas cibernéticas que podem estar a tornar o utilizador mais vulnerável. Assim, o centro que se dedica à segurança cibernética recomenda que os utilizadores juntem três palavras aleatórias, para que a combinação seja única e forte, mas que também seja fácil de memorizar.

Para descobrir quais as palavras-chave que as contas pirateadas mais usavam, o NCSC analisou dados públicos destas contas. Em primeiro lugar da lista, aparecia ‘123456’, sendo utilizado em mais de 23 milhões de senhas de acesso.  ‘Qwerty’, ‘password’ e ‘1111111’ também constam na lista das senhas mais propicias a serem roubadas.

Durante a análise, os responsáveis pelo estudo descobriram que os britânicos usam nomes, de amigos ou até mesmo do animal de estimação, como palavras-chaves, como Ashley, Michael, Daniel, Jessica e Charlie, que são fáceis de adivinhar.

As preferências futebolísticas dos britânicos refletem-se nas senhas que utilizam, com ‘Liverpool’ ou ‘Chelsea’ a encontrarem-se entre as senhas mais usadas.

Entre as senhas relacionadas com o mundo da música, a preferência vai para o nome do grupo ‘Blink-182’.

O diretor-técnico do NCSC, Ian Levy, garantiu que quem usa sequências numéricas, palavras ou nomes muito conhecidos como senhas corre um risco elevado de ver os seus dados serem roubados. “Ninguém deve proteger dados confidenciais com algo que possa ser adivinhado, como o seu primeiro nome, clube de futebol ou banda favorita”, disse o diretor-técnico, citado pela BBC.

Além de constatar qual a senha mais pirateada, o estudo questionou os cidadãos britânicos sobre os hábitos e medos em relação à segurança cibernética. Estes descobriram que 42% dos inquiridos espera perder dinheiro com fraudes online e que apenas 15% se sente seguro na internet.

Troy Hunt, especialista em segurança, afirmou que escolher uma boa palavra-chave tende a ser o maior tipo de controlo individual dos utilizadores. O estudo também revela que menos de metade dos inquiridos utiliza uma senha diferente e mais difícil de adivinhar para a conta de e-mail principal.

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