Decidi introduzir um capítulo sobre o sistema ESG – Environment, Social & Governance, no curso de Gestão de Empresas Familiares, que coordeno no Iscte Executive Education, pelo que tenho vindo a aprofundar os meus conhecimentos sobre esta matéria.

As preocupações no âmbito dos subsistemas E, S e G, extensivas a todas as empresas europeias, vieram para ficar, pelo que se torna imprescindível a sua abordagem para as empresas familiares, face à sua importância no tecido empresarial nacional.

No âmbito do subsistema E, o mais complexo para análise e implementação, as variáveis em consideração, abrangem a emissão de gases de estufa, a qualidade do ar, a gestão da energia, a gestão da água e águas residuais, a gestão dos resíduos e dos materiais perigosos e a biodiversidade e impactos ecológicos.

No domínio da biodiversidade e impactos ecológicos, os temas em análise, dizem respeito aos impactos das empresas na biodiversidade, nos ecossistemas e na utilização da terra.

As métricas associadas a estes parâmetros, incluem os esforços para recuperação das terras, iniciativas de preservação da biodiversidade e ritmos de reflorestação.

Se analisarmos os textos publicados na nossa comunicação social e as manifestações dos ambientalistas, verificamos que a variável biodiversidade e impactos ecológicos, nunca é referida.

É a variável sistematicamente ignorada.

Em contrapartida, a variável energia, com uma pressão constante para a construção de novos parques fotovoltaicos, de grande extensão de terreno, é referida à exaustão.

Temos que dar os parabéns ao lobby das energias renováveis!

O responsável pelo turismo alentejano, referiu, recentemente, que os turistas não vão ao Alentejo, para verem parques fotovoltaicos.

Um silêncio ensurdecedor por parte dos nossos ambientalistas, em relação a esta afirmação.

Os incêndios continuam a destruir o nosso parque florestal, tema referido explicitamente, nesta variável.

Um silêncio ensurdecedor por parte dos nossos ambientalistas e da direcção de florestas.

Que continuam a aprovar o abate de sobreiros e outras espécies autóctones, para a construção de parques fotovoltaicos de grande extensão.

A economia chinesa, suportada em centrais termoeléctricas a carvão, agradece.

Se conseguirmos cobrir todo o nosso território com painéis fotovoltaicos, os incêndios desaparecem.

Talvez seja esta a estratégia escondida dos nossos ambientalistas.