Desde o seu lançamento, em março de 2016, que a marca de chinelos As Portuguesas foi alvo de atenção de inúmeros mercados internacionais, principalmente do Médio Oriente, mas também dos Estados Unidos da América (EUA), França, Alemanha e Reino Unido, responsáveis por muitas das vendas.
A Ecochic, a startup criada por Pedro Abrantes com a Amorim Cork Ventures, detentora da marca de flip-flops de cortiça nacional, passou a contar com um novo parceiro: o grupo de calçado Kyaia, que vai permitir alargar a rede de distribuição e entrar em novos mercados.
Pedro Abrantes revela ao Jornal Económico que, quando teve conhecimento da Amorim Cork Ventures, reconheceu a oportunidade de desenvolver um produto de alta qualidade. “Apresentei a minha proposta de produto e de negócio à Corticeira Amorim, que acreditou, investiu no projeto e assim nasceu a Ecochic em junho de 2015”.
O processo de desenvolvimento do produto realizou-se ao longo de nove meses de conceção de uma nova fórmula para a sola, “mais competitiva e que permite criar novas sensações ao consumidor, proporcionando ainda mais conforto”, adianta o empreendedor. Foram também executados testes que privilegiaram o uso da matéria-prima (cortiça) e permitiram que os flip-flops As Portuguesas se apresentassem ao mercado com as características diferenciadoras. “Falamos, por exemplo, do design de sola inovador, que confere maior conforto ao caminhar, uma tira mais ergonómica e confortável, uma maior resistência na ligação tira e sola, assim como uma maior aderência em pisos molhados”, explica Pedro Abrantes.
A empresa tem investido a vários níveis, “desde a conceção do negócio, a implementação da empresa, o desenvolvimento do produto e lançamento da marca”, refere o CEO, salientando também que a empresa está no mercado desde março de 2016 e tem uma “reduzida disponibilidade de capitais próprios para investimento”.
A internacionalização é uma aposta com a entrada em novos mercados, nomeadamente no Reino Unido e nos EUA, os principais países de exportação do grupo Kyaia, “assim como França e Itália, e uma pequena aproximação ao mercado brasileiro”.
Kyaia é estratégica para conquistar o mercado externo
Com 40 anos de atividade, o grupo Kyaia conta com 11 empresas e participa em toda a cadeia de valor da fileira. O seu portefólio inclui a marca Fly London e respetivas lojas, assim como a cadeia de sapatarias Foreva, locais onde As Portuguesas passarão a estar disponíveis.
Com a entrada do grupo Kyaia, “a penetração no exterior revelou-se muito positiva, principalmente tendo em conta que não houve um investimento financeiro significativo ao nível de estratégias de comunicação e marketing nos mercados externos. Um dos objetivos desta nova parceria é, precisamente, o reforço da capacidade comercial e de distribuição. Até agora, o nosso principal canal de venda tem sido através dos meios online”.
O primeiro ano de implementação da marca obteve resultados positivos, tendo sido vendidos “milhares de pares de flip-flops”, mas não adianta números. “Sendo a Ecochic uma empresa nova e pequena, tínhamos apostado numa entrada no mercado com uma coleção experimental. No entanto, a procura nacional e internacional atingiu proporções muito elevadas, que impulsionou e tornou necessário o reforço da capacidade produtiva para satisfazer as encomendas”.
A nova coleção de 2018, que será lançada no final do ano, vai já contar com o apoio da Kyaia. O responsável acredita que o futuro passará “por um crescimento focado no alargamento de mercados e da gama. Face ao elevado potencial de exportação que As Portuguesas têm evidenciado, o mercado externo poderá representar uma fatia de 80 % do mercado total, comparativamente ao nacional”.
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