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Abade Correia da Serra: um vulto português do Iluminismo

Fluente em sete línguas (incluindo o árabe), filósofo e cientista, José Correia da Serra privou com figuras como von Humboldt e Jefferson, que o descreveu como o homem mais erudito que conheceu.
9 Junho 2024, 20h00

O abade Correia da Serra não foi esquecido em Serpa, sua terra natal, onde a Biblioteca Municipal e uma alameda – onde existem duas oliveiras multisseculares – têm o seu nome e onde foi erigida uma estátua em sua honra. Mas, nem só os serpenses podem – e devem – ter orgulho nesta personalidade notável, cujos duzentos anos da morte se assinalaram em Setembro do ano passado.

Figura de relevo do Iluminismo português, entusiasta dos ideais democráticos da jovem nação do lado de lá do Atlântico, José Francisco Correia da Serra (1751-1823) viveu nos Estados Unidos entre 1812 e 1820, tendo feito amizade com Thomas Jefferson, em cuja casa de Monticello, na Virgínia, se hospedava amiúde. Jefferson terá descrito o presbítero e cientista português como o “homem mais erudito” que conheceu.

Aos seis anos, vai para Itália com os pais, cristãos-novos, o que lhe permitirá tornar-se um eminente cientista, algo impossível em Portugal, país intelectual e cientificamente distante do contexto europeu da época. Dando-se com grandes nomes da ciência, como o naturalista alemão Alexander von Humboldt, os seus conhecimentos de história natural – particularmente, de botânica – granjeiam-lhe a admiração dos seus pares.

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