A notícia foi avançada pelo Jornal Eco e confirmada pelo Jornal Económico. O Abanca que esteve perto de comprar o banco de Isabel dos Santos, acabou mesmo por se desentender e recuar.
Segundo o Jornal Económico apurou não foi apenas o desacordo em relação ao preço, interferiram outros factores como os efeitos reputacionais.
A falta de entendimento sobre o preço final a pagar pelo Abanca, que queria refletir na oferta o impacto da Covid-19 e da auditoria realizada pela EY Espanha ajudou muito ao fim do negócio.
Os acionistas angolanos do EuroBic não chegaram a acordo sobre o valor líquido a pagar, porque o critério de valorização do EuroBic tinha de ser feito o ajustamento ao book value relativo ao impacto da Covid-19 e da auditoria, o que significa que a base de incidência do valor tem vindo a diminuir.
O JE noticiou na edição impressa de semana passada que as duas instituições financeiras tinham acordado a data de 31 de maio para decidirem o rumo do negócio, tal como ficou definido depois de a EY Espanha, mandatada pelo Abanca, ter concluído a due dilligence no dia 3 de maio. Mas este prazo poderia ser estendido por acordo dos dois bancos.
Depois da apresentação dos resultados do primeiro trimestre de 2020 do Abanca, o presidente do banco espanhol, Juan Carlos Escotet, revelou que o preço da operação poderá reflectir o “efeito adverso” da Covid-19, tal como relatou a agência Lusa. A proposta inicial rondava os 250 milhões. Este terá sido o valor que o Abanca terá posto em cima da mesa para comprar 95% do capital do EuroBic. Negócio que fica pelo caminho.
A venda do EuroBic surgiu na sequência do Luanda Leaks. Mas ontem o Tribunal Central de Instrução Criminal de Lisboa levantou o arresto que tinha sido feito aos bens de Isabel dos Santos já em abril desde ano, na sequência do caso Luanda Leaks. Na sequência disso o tribunal autorizou-a a exercer, por exemplo, o direito de voto correspondente aos 26,075% do capital social da NOS preventivamente arrestados à ordem do referido Tribunal.
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