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Abanca garante que não vai comprar nenhuma seguradora em Portugal

O banco espanhol Abanca, que concluiu recentemente a integração da rede de retalho e private banking do Deutsche Bank em Portugal, aposta no setor segurador de Portugal, mas garante que não vai comprar nenhuma seguradora.
16 Julho 2019, 18h52

O banco espanhol Abanca, que concluiu recentemente a integração da rede de retalho e private banking do Deutsche Bank em Portugal, garantiu ao Jornal Económico que não está a tentar comprar qualquer seguradora em Portugal. Isto em resposta à notícia do jornal Essencial Business, que apontava que o banco espanhol estaria a procurar comprar seguradoras em Portugal.

“O Abanca não vai comprar nenhuma seguradora em Portuga”, referiu o banco ao JE.

Recentemente o Abanca e o Crédit Agricole Assurances apresentaram, na sede de Madrid do banco espanhol, o acordo que vai unir as duas entidades durante os próximos 30 anos para operar no mercado segurador não vida em Portugal e Espanha. O Crédit Agricole Assurance e o Abanca, criaram assim uma joint-venture que vai oferecer ao mercado produtos de seguros apoiados em soluções tecnológicas aproveitando a capacidade do Crédit Agricole Assurances no mercado de seguros europeu.

Recorde-se que o Abanca integrou a atividade de banca de retalho e private banking do Deustche Bank Portugal. Isto depois, de no passado dia 22 de junho do ano passado, a Autoridade da Concorrência ter dado ‘luz verde’ à compra do negócio de retalho em Portugal do Deutsche Bank, considerando que o negócio “não é suscetível de criar entraves significativos” à concorrência efetiva nesse mercado. O Deutsche Bank Portugal transferiu assim toda a sua carteira de clientes da área de Particulares  (incluindo private banking) e de Pequenas Empresas, para o Abanca.

O papel estratégico que Abanca tem para Portugal reflectiu-se também na nomeação para o seu Conselho de Administração de Ana Barros em 26 de Junho, no mesmo dia em que realizou a sua primeira reunião em Portugal em que todos os membros do conselho estiveram presentes, nomeadamente o Presidente, Juan Carlos Escotet Rodríguez e o CEO Francisco Botas.

O órgão máximo de Governo Corporativo do Abanca decidiu nomear como administradora a financeira portuguesa Ana Barros. Este foi o primeiro Conselho de Administração celebrado em Portugal, e em que estiveram presentes todos os administradores, liderados pelo seu Presidente, Juan Carlos Escotet Rodríguez, e pelo CEO, Francisco Botas. No dia anterior, a 25 de junho, o Abanca também realizou em Lisboa a reunião do seu Comitê de Direção.

A Abanca gere um volume de negócios de 7,36 milhões de euros em Portugal, 4,0 milhões de euros em recursos de clientes, 3,3 milhões de euros em crédito e lidera o segmento de advisory banking em Portugal. Tem 70 pontos de venda em 16 dos 20 distritos em Portugal com 79.000 clientes.

Quando foi adquirido pelo grupo espanhol no ano passado, o Deutsche Bank Portugal tinha uma carteira de crédito de 2,4 milhões de euros com depósitos de 1 milhão e mais 3,1 milhões em ativos sob gestão. No geral, o negócio foi avaliado em 6,5 milhões de euros.

O Abanca fechou o primeiro trimestre do ano com um lucro de 156 milhões de euros, mais 0,6% do que há um ano e registou um ROE de 13,5%, sendo assim um dos mais lucrativos do setor financeiro espanhol.

Foi concluída em 9 de junho a integração de 69.163 clientes e a equipa de 430 pessoas do Deutsche Bank Portugal no Abanca.

A presença do grupo Abanca em Portugal, cujas origens datam de há 19 anos, inclui também o Grupo Sogevinus, que é a 5ª cave de vinhos do Porto por volume de vendas em Portugal e a cave mais antiga do Porto e do País. O Grupo integra ainda o Abanca Serviços Financeiros, terceira entidade financeira em venda de crédito-lar no mercado Português.

O Deutsche Bank vai continuar em Portugal apenas no segmento das Grandes Empresas.

(Atualizado às 22h06)

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