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Acionistas do BCP aprovam distribuição de dividendos

Aplicação dos resultados do BCP aprovada por mais de 99% dos votos presentes. Os acionistas do BCP aprovaram a distribuição de dividendos de 257 milhões de euros, o que corresponde a 30% dos lucros de 2023. O BCP vai assim pagar um dividendo bruto de 0,0170 euros por ação.
22 Maio 2024, 17h08

Já passava das 16h45 quando os acionistas do BCP aprovaram a distribuição de dividendos de 257 milhões de euros, o que corresponde a 30% dos lucros de 2023. O BCP vai assim pagar um dividendo bruto de 0,0170 euros por ação.

Lá fora o Sindicato Nacional  dos Quadros Técnicos Bancários liderava uma manifestação com slogans “lucros de milhões, aumentos de tostões”.

O resultado líquido do banco liderado por Miguel Maya em 2023 foi de 856 milhões de euros.

O ponto da aplicação dos resultados foi aprovado por 99,99% dos votos presentes. Recorde-se que para além dos dividendos, há cerca de 68 milhões de euros para reforço de reserva legal e 355,3 milhões de euros para resultados transitados.

Entretanto os acionistas que integram o Sindicato dos Quadros Técnicos e Bancários questionaram a administração do BCP sobre “o porquê do banco apenas querer aumentar os salários dos trabalhadores em 2,25% quando Caixa, Bankinter e outros, estão nas proximidades dos 3,5%”.

No fim, o ponto 5 relativo à proposta da política de remuneração da Comissão Executiva só teve 75% dos votos favoráveis. O que contrasta com os outros pontos votados com mais de 90% de acionistas a favor.

A assembleia-geral do banco BCP, estava marcada para as 14h30. Mas intervenções de Miguel Maya e de Nuno Amado e perguntas dos acionistas ocuparam as primeiras horas.

O BCP tem mais de 100 mil acionistas, sendo os maiores a chinesa Fosun com 20% e a angolana Sonangol com 19,49% do capital.

Entre os pontos em cima da mesa estava ainda a eleição da mesa da assembleia-geral para o quadriénio 2024/2027 (foi aprovado o presidente Pedro Rebelo de Sousa), a aprovação do relatório de gestão, balanço e contas de 2023 e a aprovação da proposta de aplicação de resultados, desde logo a distribuição de 256,9 milhões de euros em dividendos.

O presidente executivo do BCP, Miguel Maya, tem dito que não fala em público sobre aumentos salariais. Ainda assim, na conferência de imprensa de apresentação dos resultados do primeiro trimestre (lucros de 234,3 milhões de euros), disse que quando toma decisões destas tem de ter “visão de sustentabilidade” do banco no futuro e que ninguém mais que a sua equipa quer pagar melhor aos trabalhadores.

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