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Ações da Nissan já desceram 21% no ano, numa altura em que a empresa se adapta às tarifas de Trump

Tarifas de 25% à importação de automóveis foi a medida imposta pelo governo norte-americano em abril, desde então são muitas as empresas que têm visto as suas ações caírem e que tentam encontrar soluções para combater este impacto.
3 Dezembro 2025, 21h59

As tarifas impostas pelo governo de Donald Trump, em abril, à importação de automóveis estrangeiros já fez com que muitas fabricantes de automóveis registassem uma queda nas ações. Para combater esta descida as empresas estão a encontrar soluções alternativas.

É o caso da fabricante de automóveis japonesa, Nissan, que se está a adaptar às tarifas impostas pelos Estados Unidos, através de fornecimento duplo e de cadeias de fornecimento locais para componentes.

As ações da Nissan já caíram 21% no acumulado do ano.

Segundo a “CNBC”, outras empresas têm apostado no aumento dos preços, na introdução de taxas de importação, na redução do número de funcionários e até interrompem a produção.

Jeremie Papin, diretor financeiro da Nissan, afirmou que estas tarifas são “um obstáculo significativo para todos os importadores para os Estados Unidos”.

À “CNBC”, o diretor financeiro referiu que a empresa mudou a sua estratégia financeira, “temos feito muitos ajustes, incluindo o aumento da nossa produção local o mais rápido possível e aproveitamos o fornecimento duplo para alguns dos nossos principais modelos”.

“Além da capacidade disponível na América do Norte, estamos constantemente a procurar oportunidades para aumentar a nossa localização”, referiu.

Jeremie Papin também referiu que a febre da Inteligência Artificial (IA), que poderá causar uma escassez de chips cruciais não é assim tão grave quanto se pensava inicialmente. “É um problema menos do que o risco que poderia ter sido. Portanto, definitivamente vemos um otimismo crescente de que não será o cenário catastrófico que poderia ter sido”, referiu.

No mercado chinês a empresa está a tentar dar autonomia às equipas locais, para que “elas produzam rapidamente carros que os clientes chineses desejam”, salientou. A empresa tem como objetivo reduzir o tempo de lançamento de novos modelos para dois anos, o que se traduz no dobro da velocidade de produção.


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