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Acordo entre México e Estados Unidos anima Wall Street

As taxas aduaneiras anunciadas por Donald Trump entrariam em vigor esta segunda-feira caso os dois países vizinhos não tivessem chegado a acordo relativamente ao fluxo migratório.
  • Brendan McDermid / Reuters
10 Junho 2019, 14h58

O presidente norte-americano tinha anunciado que, a partir desta segunda-feira, entravam em vigor as novas taxas aduaneiras às importações do México, mas as tarifas até 25% acabaram por ser suspensas e não passar de uma ameaça. Perante o acordo entre os dois países do outro lado do Atlântico, em relação ao fluxo migratório, a Bolsa de Nova Iorque reage de forma positiva no início da sessão de hoje.

Os três principais índices de Wall Street negoceiam em terreno positivo, em sintonia as congéneres da Europa. O Dow Jones soma 0,52% (para os 26.120,33 pontos). Na mesma linha, o alargado S&P 500 avança 0,62% (para os 2.891,18 pontos) e o tecnológico Nasdaq cresce 1,16% (para os 7.831,85 pontos). Também o Russell 2000 valoriza (+0,97%, para os 1.531,49 pontos).

Face a estes desenvolvimentos políticos e económicos, as empresas com uma elevada exposição ao mercado mexicano acabaram por acompanhar esta onda de otimismo. As fabricantes automóveis General Motors e Ford Motor vêem os seus títulos subirem 2,41%, para 36,35 dólares, e 1,54%, para 9,91 dólares, respetivamente. “Sempre que assistimos a atividade de financiamento corporativo, geralmente, significa que a atividade empresarial está bem”, disse à agência “Reuters” Andre Bakhos, diretor da New Vines Capital LLC.

Os analistas da “Bloomberg” referem que as atenções deverão agora voltar-se para a frente das negociações comerciais entre os Estados Unidos e a China, depois de o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, ter dito numa reunião, que decorreu este fim de semana no Japão, que o “progresso principal” deverá surgir na Cimeira do G20 no final do mês, quando Donald Trump e Xi Jinping se encontrarem.

A cotação do barril de Brent está a cair 0,55%, para 62,94 dólares, enquanto a cotação do crude WTI desliza o,22%, para 52,87 dólares por barril.

No mercado cambial, nota para a apreciação de 0,33% do euro face ao dólar (1,1294) e para a desvalorização de 0,51% da libra perante a divisa dos Estados Unidos (1,2669). A libra esterlina também está a recuar face ao euro, para mínimos de cinco meses, devido aos dados sobre a economia britânica divulgados esta manhã.

Segundo o Departamento Nacional de Estatística britânico, o PIB do Reino Unido contraiu de 0,4% em abril, mais do que os analistas esperavam. Em causa esteve a queda na produção industrial. “As empresas britânicas e cidadãos aceleraram as compras nos meses anteriores, dada a incerteza do que poderia acontecer a 29 de março, data em que o Reino Unido deveria deixar a União Europeia”, explicou Aitor Méndez, da IG. Com Lusa

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