As minhas armas são a caneta e o papel ou, se quisermos, o teclado. Despeço-me aqui de vós, meus leitores neste jornal, na minha coluna. Espero que me possam continuar a ler noutro lugar, jornal, livro, teatro…

Tudo tem realmente um tempo e se não digo que cedo o lugar a outros é porque ainda, Deo Gratias, não morri. Porém, os meios de comunicação têm uma área limitada e se se pretender uma rotatividade, alguém tem de ceder o seu lugar.

Gostei muito da minha colaboração na Coluna de Opinião-Sociedade Aberta deste Jornal. O título da coluna informa de imediato o leitor da abertura de opinião que o jornal permite ou, melhor, tem, uma vez que quando se é livre não se permite, é-se! Com a liberdade que tive, escrevi quinzenalmente sobre o que quis, ou seja, neste meu caso, sobre acontecimentos pontuais, sobre memórias do meu passado ou até sobre regras de convivência, mas sempre com o princípio de manter firme o propósito da conduta consciente da humanidade. Penso que a Humanidade está para a Liberdade como a Cidadania está para a sujeição.

Como despedida quero ser breve. Agradeço a todos a maneira elegante, rara hoje-em-dia, como comunicaram comigo, o à-vontade dado para que eu escrevesse aquilo que pensava e sentia e, se o tempo acabou, o pensamento na sua largura certa ou incerta crê entender as razões desse tempo.

O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.