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Adriano Moreira e Ribeiro e Castro entre 17 ‘notáveis’ do CDS pela reeleição de Marcelo

Carta aberta defende que o atual Presidente da República tem “melhores condições para servir Portugal nas mais altas funções do Estado e garantir a confiança, a proximidade, o equilíbrio, a independência e a solicitude que os próximos tempos vão certamente exigir”. ‘Histórico’ Narana Coissoró e conselheiro de Estado António Lobo Xavier também assinaram.
4 Janeiro 2021, 16h37

Os ex-líderes centristas Adriano Moreira e José Ribeiro e Castro encontram-se entre 17 ‘notáveis’ do CDS que assinam uma carta aberta a favor de um segundo mandato de Marcelo Rebelo de Sousa, concluindo que “todos somos chamados a convergir para a reeleição do Presidente de todos os portugueses”.

Defendendo que as presidenciais de 24 de janeiro “não são uma inutilidade nem uma brincadeira”, tal como não são “ocasião para aventuras nem para indiferença”, os signatários defendem que “todos temos o dever cívico de responder à chamada de Portugal”. Algo que passa por reeleger “aquele que se apresenta, nas eleições, em melhores condições para servir Portugal nas mais altas funções do Estado e garantir a confiança, a proximidade, o equilíbrio, a independência e a solicitude que os próximos tempos – de crise ainda – vão certamente surgir”.

Sem esconder críticas a “aspetos” do seu primeiro mandato presidencial, os 17 ‘notáveis’ do CDS consideram que estas “não deslustram o fundamental”. E que “mostram apenas que, em democracia, nenhum titular do Estado está isento de exame crítico e tem de explicar publicamente os seus atos e decisões, melhorando sempre onde considere dever fazê-lo”.

“A reeleição de Marcelo Rebelo de Sousa é a escolha que melhor assegura que Portugal disporá, na Presidência da República, de um titular à altura dos tempos difíceis e desafiadores que temos pela frente, alguém dotado da maior experiência, do exigente respeito pelo pluralismo, da mais alta inteligência, do generoso sentido de serviço público, do mais genuíno patriotismo, para ajudar o país a não deitar fora o que já foi conseguido, a retomar a senda do crescimento económico, a consolidar a democracia, a retomar o caminho do progresso social, económico e político, a prestigiar Portugal na Europa e no Mundo”, escreveram os signatários, referindo-se à “conjuntura muito perigosa, decorrente do flagelo da pandemia, que ainda vai durar algum tempo” e a um “contexto político em que o sistema partidário mostra estar em transformação”.

Além de Adriano Moreira e de José Ribeiro e Castro, a carta aberta foi assinada pelo ex-deputado e atual conselheiro de Estado António Lobo Xavier, pelos cinco presidentes de câmara eleitos pelo CDS – António Loureiro (Albergaria-a-Velha), José Pinheiro (Vale de Cambra), Luís Silveira (Velas), Márcio Dinarte Fernandes (Santana) e Victor Mendes (Ponte de Lima) – e pelos antigos secretários de Estado António Ferreira de Lemos, Francisco Seabra Ferreira, João Casanova Almeida, João Luís Mota de Campos, José Alarcão Troni, José Luís da Cruz Vilaça e Miguel Anacoreta Correia. E ainda pelo ex-deputado Abel Baptista e o histórico da Assembleia da República Narana Coissoró.

O CDS decidiu voltar a apoiar a candidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa, como fez em 2016, mas na reunião do Conselho Nacional realizada no início de dezembro houve muita contestação ao mandato, traduzida em 28 abstenções e 34 votos contra num total de 215 participantes.

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